"O Presente contém todo o passado."
~ Antonio Gramsci.{Ps.: Esse é um capítulo MUITO pesado, contém cenas de violência (+16) se você acha que não é forte suficiente e tem consciência que não poderá ler, pule/aguarde até o próximo capítulo. Algumas cenas contidas aqui são essenciais para a composição da história, mas nada que não será explícito ou revivido ao decorrer da obra}
FLASHBACK
A grama molhada pinicava diretamente os pés de Andrew. A garoa marejava seus cabelos pretos. Impedindo que a mexa caísse sobre seus olhos, ele colocou o fio que persistia ficar colado no seu rosto atrás de sua orelha com um movimento súbito e desconhecido.
Procurava sua vítima como um verdadeiro predador e nem estava ciente disso.
Uma figura se materializou no meio da chuva fraca e incessante.
— Dessa vez eu te pego — ele sussurrou pulando em cima do pequeno cachorrinho e o segurando entre os braços impedindo-o de escapar mais uma vez.
Ele ajoelhou-se segurando com toda sua força o animal e lhe dando um tapa. O clamor da vítima ecoou acompanhado pela risada do pequeno Andrew.
Impediu o bicho de respirar ao segurar seu pescoço contra o chão, se apoiando no seu braço para colocar mais força e reduzir a zero a chance de vida do cãozinho.
O animal, aflito, se batia incansavelmente e tentava morder a fonte de seu desespero.
— Quietinho — ele disse ao sentir os dentes do cachorro rasparem a pele de sua mão. — Não seja mal-educado se não será pior.
Puxou um tufo de cabelo do animal que berrou desesperado, Andrew não deixou o cachorrinho se acalmar pois já lhe inseriu outro tapa.
Ele não era uma criança normal. Era uma criança demoníaca.
Andrew pegou a pequena faca de cozinha que levara até ali para terminar seu serviço e, com golpes ainda não certeiros, ele feriu o animal repentina vezes, não mais rindo, domado por um olhar insano e inabalável.
Aquele animal estava tirando sua paciência há dias.
Quando Andrew esquecia algum brinquedo no quintal sabia que quando voltasse só encontraria os pedaços e ele não gostava disso.
O cachorro do vizinho sempre acabava com suas coisas e por isso o pequeno Parker achou mais do que merecedor a morte de um bicho tão imprestável e bagunceiro.
Por que ele não ia morder o sofá do seu dono?
Olhou para o pequeno animal que não respirava mais, à areia do quintal suja do sangue vermelho escarlate sendo dissipado pelos pingos de chuvas graúdos.
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Ônix ®
Mystery / ThrillerATENÇÃO: Não recomendado para menores de dezesseis anos. Aborda assuntos delicados como violência. |LIVRO 1® - livros independentes| Como a escuridão nasceu? O transtorno de personalidade causado por uma infância conturbada e pela cu...