Peso da realidade

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Hey
Eu sei, eu sei. Se passaram 1000anos desde que apareci aqui com capítulo fresquinho e vocês provavelmente me abandonaram e com razão. Bem, eu não vou inventar mil desculpas, vou apenas ser sincera: Eu estava com 0 criatividade para essa fic.
Precisei me esforçar muito para sair um tipo de roteiro para esse e os próximos capitulos, mas acho que finalmente me encontrei aqui e que agora vai kkkkk
consegui planejar os capítulos e apesar de não estar 100% satisfeita, estou feliz com o resultado e espero que vocês também fiquem.
Capítulo novinho aqui, espero que gostem e comentem.
Boa leitura.
Gente segue la @izablacktwd no tt pra gente poder conversar

POV DARYL
Eu nunca entenderia a linha de raciocínio de Brooklyn Hayes, mas isso não me impedia de tentar. Com ela eu nunca sabia se tudo fazia parte de um grande jogo ou se era apenas emoções que a guiavam de acordo com o momento. Eu odiei ter de prende-la. Odiei que ela tivesse que ficar no lugar que fiquei, e por isso fiz o possível para tornar tudo mais confortável, mais aceitável. Ela era boa, mesmo que ninguém soubesse disso ou pudesse ver com clareza. E isso só se confirmou ainda mais para mim quando aconteceu toda a comoção com a Bravinha.

Entrei naquela casa com medo, medo de que ela tivesse tentado algo, tivesse feito merda, tivesse machucado alguém. E nada disso tinha acontecido. Ela, como sempre, tinha me surpreendido e feito algo bom. Meio que me lembrou o modo como ela tratava o garotinho do Santuario, o tal de Jasper.

Começamos a sair da casa de Rick, ela perigosamente silenciosa ao meu lado. Ainda está apenas com minha camisa, os cabelos estão bagunçados, e é a própria personificação do mal caminho. Um que eu quero muito seguir. Vejo os olhos de Jesus fixos nela e isso faz algo em mim se remexer, me dando conta de que ela está muito exposta ali. Puxo-a pelo braço para andar mais rápido em direção a casa que estamos ficando e ela resmunga.

-Desculpe- murmuro quando me dou conta de que posso ter forçado a perna dela ou algo assim, e em resposta ela ergue os olhos castanhos para mim e solta o ar pela boca.

-Que seja- diz baixinho, puxando o ar novamente.

Conseguimos chegar em casa e eu imediatamente tranco a porta. Brooke sempre é um risco e não posso me esquecer disso.

-Como está se sentindo?- pergunto fazendo-a sentar na cama e ela dá de ombros.

-São só pontos estourados, estou bem- resmunga e eu dou um sorriso de lado. A rainha do gelo está de volta.

-Obrigado- digo e ela arqueia a sobrancelha, questionadora- por ter ajuda Judith.

-É o meu trabalho- informa calmamente, erguendo a própria perna para olhar melhor.

Trago o kit de primeiros socorros para perto dela e deixo que refaça os pontos. Meus olhos seguem todos os seus movimentos, e eu tento não  pensar merda, mas é meio difícil diante de suas pernas a mostra. Diante dela estar usando uma roupa minha. Um sentimento de posse muito errado roda por todo o meu ser e eu busco evitar pensar nisso. Saio do quarto deixando-a sozinha e faço algo para comermos.  Não é grande coisa, mas é o que temos por agora. Os suprimentos ainda estão baixos depois de Negan.

Volto para o quarto e encontro Brooke sentada na cama, com a perna erguida e vestindo outra camisa minha. Meu colete está de volta, o que mexe comigo. Suponho que tenha acabado de sair do banho.

Coloco a bandeja na escrivaninha e a chamo para comer. Ela se ergue lentamente e se aproxima. Jantamos em silencio, todo o meu cérebro focado na proximidade dela, em sua presença, em seu corpo. As pernas expostas parecem pedir para que eu as toque. Xingo a mim mesmo por esse pensamento e sigo para o banheiro assim que termino de comer, em busca de um banho gelado.

The devil's wife Onde histórias criam vida. Descubra agora