POV Negan
Ela estava exausta. Tinha passado um dia inteiro observando o moleque, dando antibióticos e tentando evitar algumas alergias dele, e logo então horas naquela cirurgia, e como se não fosse o bastante a noite inteira cuidado do pós operatório dele. Eu sempre soube que ela é assim, faz o que quer, como quer e porque quer. Que dá o sangue nessas coisas, e que não pararia tão cedo se eu não interferisse.
-Você tem que dormir um pouco, Brooke- digo colocando-a na cama. Ela me encara com olhos desafiadores e faiscantes.
-Não. Se eu dormir e ele precisar de mim ninguém vai me acordar.
-Prometo que vou, Baby.- digo fazendo um carinho em seus cabelos.
-Não confio mais em você- resmunga se afastando. Rosno baixinho.
-Brooke- digo em tom de aviso e ela rola os olhos- Eu sei que está chateada, mas estou dando a porra da minha palavra, merda. Vou chamar você se o maldito garoto piorar.
Ela aperta os olhos em minha direção por um segundo, mas acaba concordando.
-Vai ficar ai parado?- resmunga enquanto arruma a cama.
-Vou.- respondo lhe lançando um sorriso cafajeste. Ela dá de ombros.
Logo que se ajeita na cama está em um sono profundo. Me sento na beirada da cama e a observo por um longo momento. Linda, deliciosa, gostosa. Sempre assim. Não importa a hora, sempre que olho-a quero estar dentro dela, assim como quero que esteja segura.
E eu estou perdendo-a.Está escapando por entre meus dedos, ocupada demais se sentindo frustrada e raivosa por variados motivos. Me recuso a deixar que isso aconteça, porque a amo, a quero, a desejo. Com ela não preciso de nenhuma outra mulher, de nenhuma puta. Ela é minha, e eu bem sei o quão difícil foi fazer com que fosse.
Me encosto na cabeceira da cama e fecho os olhos.
Flashback on
Era um dia como qualquer outro. Eu resolvi sair com a porcaria do grupo de busca de Simon e estávamos passando por uma dessas estradas de merda quando noto uma movimentação na lateral, um grupo de homens. Sorrio diante da perspectiva de um grupo para saquear e faço sinal para os meus pararem. O carro para imediatamente e salto sorrindo. Talvez eu até possa alimentar lucille hoje.
Os idiotas não notam nossa aproximação, ocupados demais alguma outra coisa. E é então que eu ouço um xingamento em uma voz feminina. Meu sorriso some imediatamente, enquanto me dou conta do porque estarem tão intertidos e amontoados. Estão em volta de uma mulher ela não está de acordo com isso.
Rodo lucille e finalmente fazemos barulho. A maioria olha ao redor atordoada, mas dois deles continuam mexendo com a mulher. Ela xinga e logo um deles está dando dois passos para trás e balançando uma mão ensanguentada.
-Vadia- rosna e ameaça avançar contra a mesma novamente, mas lucille age mais rápido descendo contra a cabeça dele.
Os outros ofegam em choque, mas eu continuo a bater e bater do filho da puta desgraçado. O outro se afasta dela atordoado e aponta uma arma para mim, abaixando logo em seguida quando nota outras tantas apontadas para si mesmo.
Só paro quando a cabeça do desgraçado não passa de uma geleia, e então levanto o olhar. Agora posso ve-la. Está ofegande, sangue pinga da boca e olha ofengante para mim. Imagino que esteja chocada. É a porra da mulher mais linda desse mundo de merda. Cabelos longos e loiros, olhos castanhos expressivos, um corpo delicioso. Está com a blusa rasgada, revelando o sutiã, e eu preciso de toda a porra de autocontrole para desviar o olhar de seus seios.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The devil's wife
FanfictionRaiva. Culpa.Tristeza. Isso era tudo o que Daryl Dixon conseguia sentir. Preso no Santuário, refém, tudo o que conseguia pensar, a única certeza que tinha era que não seria um Negan. Não tinha motivos para ser, não tinha alguém por quem abrir mão de...