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Sehun não conseguia parar de sorrir. Estava arrependido por ter hesitado por tanto tempo, ele deveria ter feito aquilo há muito tempo. Ele já teve Mi So em seus braços outras vezes, mas em nenhuma daquelas vezes fora tão boa quanto aquela.

Mi So não estava diferente. Estava tão feliz que poderia sair correndo pelas ruas. Xingou baixinho quando precisou se afastar de Sehun para respirar.

- ATÉ QUE ENFIM! - Jongdae e Jongin entraram gritando na cozinha, fazendo os dois pombinhos se afastarem envergonhados. - DEMOROU MAIS SAIU!

- Parem meninos. - Sehun disse, percebendo a vergonha estampada no rosto de Mi So.

- Até que enfim tomaram vergonha na cara. - Jongdae se sentou na bancada.

- Jongdae. - Mi So chamou. - Cadeiras servem para se sentar, mesas não.

A menina tentava não encarar Sehun. Apesar de ter sido ela a beija-lo, ela estava morrendo de vergonha. Terminou de lavar as coisas enquanto os meninos guardavam, vez ou outra esbarrando com Sehun.

- Bom meninos, está realmente tarde. - Mi So disse. - Preciso ir embora.

- Eu te levo! - Sehun diz prontamente.

- Não precisa... - ela tenta dizer.

- Claro que precisa. - ele insiste. - Vamos, não custa nada.

Os dois Kim se olharam e reviraram os olhos.

- Que nojo de vocês dois.

- Vou pegar minha bolsa. - Mi So avisou.

Sehun esperou Mi So se afastar para dizer aos meninos que não falassem nada. Mi So voltou segundos depois, e como havia dito, Sehun a levou para casa.

O caminho foi silencioso. Nenhum dos dois sentia a necessidade de falar algo. Sehun ainda sentia o formigamento nos lábios e Mi So ainda sentia o calor das mãos do menino ao seu redor.

- Chegamos. - Sehun avisou, assim que chegaram na porta da casa de Mi So.

- Não vai entrar?

Sehun a olhou.

- Eu deveria?

- Sim. - o olhar sugestivo de Mi So fez Sehun tremer. - Deveria sim.

Ele não hesitou. Não como da primeira vez. Sehun a abraçou, fazendo com que ela se encostasse na parede. Ficaram daquele jeito por algum tempo, até Mi So levantar a cabeça e encarar o moreno a sua frente. Ela jamais imaginaria que um dia estaria daquele jeito com Sehun, e não queria sair dali nunca mais.

- O que nós somos agora? - Sehun acariciava o rosto de Mi So.

- Não vamos intitular nossa relação ainda. - ela disse.

- Por mim tudo bem.

Dito isso, ele a beijou. Um pouco mais solto do que o de mais cedo. Um beijo quente, mas que não deixou de ser doce. Sehun segurou Mi So pela cintura, dando impulso para que ela prendesse suas pernas em volta dele.

Caminharam até a cama de Mi So, onde Sehun se sentou com a menina em seu colo, ainda com os lábios colados. A sensação era incrível. Era apenas o segundo beijo deles, mas com certeza se lembrariam por muito tempo.

- Não sei onde eu estava com a cabeça pra não ter feito isso antes. - Sehun disse rindo.

- Eu também não sei. - Shin concordou.

Sehun depositou um beijo na testa da menina, depois outro na ponta do nariz e por fim nas bochechas até que voltasse a dar atenção a boca de Mi So. Não havia se passado nem uma hora desde o primeiro beijo deles e Sehun já estava viciado.

- Vamos parar por aqui hoje, tá bom?! - Mi So disse, com dificuldade.

Os dois jovens estavam ofegantes. Algumas peças de roupas já estavam no chão e marcas nos pescoços, mas não queriam passar dos limites tão cedo.

- Tudo bem. - Sehun disse, deitando-se ao lado da menina, fazendo cafuné nela. - Você precisa tomar banho ainda.

Mi So fingiu que ia chorar e fez birra. Estava cansada demais para qualquer outra coisa a não ser dormir. Mas ela realmente precisava tomar banho, já que tinha saído do trabalho e ido direto para a casa dos Park.

- Não quero. - ela cruzou os braços e fez bico.

- Mas você precisa. - Sehun levantou e ameaçou pega-la no colo.

- Sehun, não. - ela levantou, se afastando dele. - Não, não, não, não...

Mi So saiu correndo pela casa enquanto Sehun corria atrás dela.

- Volta aqui, Srta. Porquinha. - Sehun dizia em meio às risadas.

Mi So ia se trancar no quarto, mas no meio do caminho ela tropeçou no tapete da sala e caiu no chão, fazendo Sehun, que estava logo atrás dela cair por cima de seu corpo.

- Aí! - ele exclamou.

- Você está bem? - Mi So perguntou, preocupada.

Ela o tocava em todos os lugares, procurando por alguma sinal de sangue ou machucados, enquanto Sehun apenas a encarava com um sorriso no rosto.

Era uma típica cena de um filme clichê.

- Eu estou bem. - Sehun reforçou. - Agora vamos, vou te levar para o banho.

Mi So tentou fugir, mas Sehun usou suas habilidades de agente e a alcançou primeiro. Pegou Mi So no colo como um noivo pega sua noiva e a colocou dentro da banheira.

A menina se debatia enquanto gargalhava e dava trabalho para o Oh mante-la na banheira ainda vazia. Sehun já havia tirado o blazer de Mi So minutos antes, então só precisou tirar a blusa e a calça dela,deixando-a apenas com a calcinha e sutiã. Nada que ele nunca tivesse visto antes.

Começou a encher a banheira com água fria, tirou sua própria camisa e entrou também.

- SEHUN! - Mi So gritou. - A BANHEIRA É PEQUENA PRA NÓS DOIS.

Ele não ligou, apenas riu enquanto deitava por debaixo dela, jogando água em seu rosto. A brincadeira não durou muito, já que a banheira realmente não era tão grande e o banheiro já parecia uma piscina.

- Eu odeio você. - ela disse, enquanto secava seu cabelo após sair da banheira.

Eles haviam tomado banho, separadamente após a bagunça na banheira, e agora ela secava o cabelo com a ajuda dele.

- Você me ama. - ele se gabou.

Ela apenas sorriu para ele através do espelho.

- Quer ir comigo no aeroporto amanhã? - ela perguntou.

- Buscar Choi Min-ah? - ele fez cara de nojo. - Não obrigada.

Ela revirou os olhos.

- Tudo bem. Melhor assim.

Ele arqueou sobrancelha.

- Melhor como?

- Eu saio com ela amanhã. - ela diz. - Só eu e Min-ah, e talvez alguns rapazes que nós podemos conhecer pelo caminho...

Sehun se levantou na hora em que ouviu a palavra rapazes.

- Ei!

- Estou brincando. - Mi So riu.

Mas Sehun não deixou barato. Puxou Mi So e a deitou, se colocando em cima dela. Prendeu as pernas dela e depois os braços, e atacou. Mi So se contorcia enquanto Sehun fazia cócegas nela.

Quando ele finalmente escutou os pedidos e cessou o ataque, os dois se viram vidrados um com o outro, sem querer quebrar o contato visual.

- Nós precisamos dormir. - Mi So sussurrou.

- Não quero dormir agora. - Sehun disse.

- O que quer fazer? - Mi So perguntou.

- Isso.

E mais uma vez naquela noite, os lábios dos dois estavam juntos. E ambos desejavam que pudessem repetir aquele ato muitas e muitas vezes.

Angel. 》Oh Sehun 《Onde histórias criam vida. Descubra agora