Angel. 》Oh Sehun 《

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A chuva não dera trégua mesmo depois de quase dois dias, atrapalhando todos os planos de Mi So. Ela queria ir para o escritório, pegar alguns documentos que esquecera na noite anterior e aproveitar seu dia de folga em algum café, se enchendo de bolinhos.

Até Sehun, que estava mais lindo do que parecia possível vestido em uma camisa social rosa clara e uma calça azul com listras branca quase impercetíveis, aparecer, e frustrar seus planos.

Mi So olhou para si, sua calça de pijama de estrelinhas estava suja do leite que ela derramara antes de abrir a porta, e seu moletom cheirava a torradinhas. Não conseguia ver seu cabelo, mas tinha certeza que seu rabo de cavalo bem no alto de sua cabeça não estava tão arrumado quanto ela queria.

- Você está... linda. – ele falou, vencendo a tentação de fazer alguma piadinha sem graça a respeito de sua aparência.

- Sabe, a tecnologia de hoje avançou muito. – ela disse, saindo da porta e lhe dando passagem. – Isso ajuda na comunicação entre as pessoas. E também é usado para avisar alguém sobre algo. Por exemplo, quando elas vão aparecer para uma visita.

Sehun sorriu preguiçoso.

- É bem mais emocionante te encontrar assim. – Sehun apontou para ela. – Tão natural. E eu deixei de ser uma visita há muito tempo. - provocou, terminando sua fala com uma piscadela.

Mi So lançou um gesto vulgar para ele, mas levou a tigela com cereal até a altura dos olhos dele, lhe oferecendo, mas ele negou. Não tinha ido ali para comer, mas sim para arrancar Mi So de casa. Soubera por Sun Hee que ela finalmente tiraria folga, depois de semanas trabalhando como se fosse a única coisa que houvesse para fazer no mundo.

Ele não a julgava,claro, mas estava preocupado o bastante para tirar algumas horas para fazer um planejamento. Para o dia inteiro. Em tantos lugares diferentes, que nem mesmo ele acreditou quando viu.

Porém, valia a pena passar um tempo com ela.

Mas a observou comer, com o cotovelo apoiado na mesa. Ela tinha bolsas roxas debaixo dos olhos, e parecia finalmente estar voltando a ganhar peso, o que era tão aliviante para Sehun, que ele precisou segurar a ânsia que sentiu.

- Vamos sair. – anunciou ele, sem desviar o olhar da boca de Mi So, que mexia enquanto ela mastigava. – Precisa se vestir. – Sehun se aproximou, fingindo fungar perto dela. – E pelo amor de Deus, tome um banho.

- Vá pro inferno. – praguejou ela. – E não vou sair com você. Tenho trabalho.

Sehun sabia que ela diria isso, então apelou.

- Por favor. – ele fez biquinho. – Gastei muito tempo e dinheiro para hoje, por favor.

Mi So apertou os olhos, tentando não pensar em como ele estava sensual naquelas roupas, ou na forma que ele a encarava como se fosse uma jóia rara. Ou na voz arrastada dele, que a remetia a coisas muito, muito pessoais.

- Onde vamos? – perguntou, por fim.

Sehun sorriu. Um sorriso largo e lindo.

- Segredo.

Mi So revirou os olhos, mas não discutiu. Sabia que precisava mesmo se distrair um pouco, e talvez não fosse nada ruim estar na campainha de Sehun.

- O que devo vestir?

Ele colocou o dedo no queixo, como se estivesse pensando, e disse.

- O que quiser, acho.

- Você está vestido assim porque quis? – Mi So perguntou, com uma sobrancelha arqueada.