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-Professor. - ouvi uma voz me chamando do fundo da sala. Levantei minha cabeça e encontrei diretamente com os famosos olhos azuis.

-Oi, Amélia. - ela sorriu e veio em minha direção.

Amélia usava um vestido florido com um pequeno decote na frente que dava a ela um ar inocente e sexy ao mesmo tempo, se é que isso é possível. Parou na minha frente e me deixou completamente embriagado com seu cheiro.

-O que você tá fazendo aqui? - eu perguntei e ela riu.

-Por que você sempre me faz essa pergunta quando a gente se encontra fora do horário de estudos? - ri e abaixei minha cabeça, envergonhado.

-Desculpa, só foi inesperado. É que você faltou hoje, não achei que fosse te ver.

-Eu acordei com cólica, sabe como é né, sangue escorrendo pela vagina. - ri com seu comentário.

Ficamos em silêncio, apenas nos olhando, foi quando eu percebi que precisava falar alguma coisa. Aquele era o momento certo.

-Amélia, me desculpe pelas mensagens que eu mandei sexta, eu...

-Não precisa pedir desculpas, professor.

-Claro que preciso, eu não devia ter dito aquelas coisas, você é minha aluna e eu preciso te respeitar antes de qualquer coisa.

-Eu não me senti desrespeitada. Foi um pouco... direto demais, mas ainda foi melhor do que a dúvida sobre o que você sentia por mim.

Paralisei. Senti minhas bochechas arderem e comecei a fitar meus pés num claro sinal de timidez. Meu queixo foi tocado pelas mãos de Amélia e ergui meu olhar para me juntar ao dela. A proximidade era perigosa mas eu não estava nem me esforçando para acabar com ela.

-Mas, professor... - ela começou.

-O que foi? - sua mão começou a fazer um carinho sutil atrás da minha orelha, me deixando um tanto desnorteado.

-Eu quero ouvir de você agora, sóbrio. Você realmente me quer?

Fiquei em silêncio apenas pensando se deveria fugir, agarra-la ou dizer que foi tudo um mal entendido e que nossa relação não passava de uma relação aluna e professor. Minha mente me mandava optar pela terceira opção, mas meu coração me dizia que se eu não a agarrasse naquele momento eu nunca mais teria a mesma chance de novo.

Não precisei me decidir entre nenhuma das alternativas. Amélia me puxou pelo pescoço e juntou seus lábios aos meus. No primeiro momento que fiquei paralisado, olhos abertos e as mãos em seus ombros, quase que a empurrando. Mas assim sua língua pediu passagem, acabei com qualquer tipo de espaço entre nossos corpos e cedi aos meus desejos.

Sua boca tinha gosto de chiclete de melancia e seu beijo parecia ter sido feito para encaixar no meu. Nos beijávamos tão calmamente que a cada mordida deixada em meus lábios eu sentia toda a minha pele formigar de prazer. As mãos de Amélia arranhavam levemente meu pescoço atiçando ainda mais a minha vontade de tê-la comigo.

Minhas mãos rodeavam toda a sua cintura e a seguravam como se ela fosse fugir a qualquer momento. Levei meus beijos para sua orelha e recebi um suspiro perto do meu pescoço em resposta, o que me deu ainda mais estímulo para continuar. Nenhum sonho se comparava àquilo. Nenhum beijo se comparava àquilo. Nada se comparava àquilo. Nada se comparava à Amélia Kannenberg.

-Ainda estamos no colégio. - parei subitamente lembrando que ainda estávamos em uma sala de aula.

Amélia abaixou a cabeça risonha, com os lábios vermelhos e os cabelos um pouco bagunçados.

-Você nunca vai se entregar 100% à mim, vai? - ela perguntou, com um sorriso nos lábios típico de sua personalidade, mas com olhos que mostravam uma clara decepção.

-Eu não vou negar, Amélia, eu estou gostando de você. Talvez até esteja apaixonado, não sei. - suspirei. - Mas isso é errado. Eu sou seu professor e você é minha aluna, não deveria passar disso.

-Eu entendo. - se desvencilhou de meus braços. - Me desculpe, Sr. Gallagher.

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capítulo pequeno de novo, me desculpem, mas a partir de agora a coisa vai pegar fogo hein!! rs

comentem aqui embaixo o que acharam e não se esqueçam de votar, me incentiva a escrever mais!

beijos no core e até semana que vem! <3

Aluna ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora