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Era sábado, eu havia passado a semana conversando com Amélia. Estava me apegando demais pois, quando não estava com ela, sentia como se meu mundo fosse desabar de saudades. Exagero? Talvez, mas não me importava.

Decidi que era uma boa hora de chama-la para sair. Mandei uma mensagem para seu número e esperei pela resposta, queria leva-la para um parque de diversões, onde acho que iria gostar. Amélia não demorou a responder, logo marcando um horário para nosso encontro.

Quando parei o carro na porta da casa de Amélia ela já estava lá. Usava um short jeans junto de uma blusa rosa e um tênis. Os cabelos negros parcialmente presos com um laço pequeno amarrado no topo. Estava linda, como sempre. Lhe dei um beijo assim que entrou no carro, sentindo seu cheiro e o gosto do chiclete em sua boca.

-Pra onde vamos, professor? - ela diz colocando o cinto de segurança.

-Surpresa. - eu disse e ela me olhou com as sobrancelha flexionada.

-Por que eu sinto que já vi esse cena em algum filme de terror que o cara mata a menina dos peitos grandes?

Continuamos o caminho até o parque, que era um pouco longe da casa de Amélia. Conversamos o caminho inteiro, ela me contava sobre as amigas da escola e eu a contava sobre a parte pequena parte agitada da minha vida.

-Sabe, outro dia as meninas começaram a comentar sobre você. - a olhei, ela já me olhava.

-O que elas disseram?

-O que todas dizem, como você é um gostoso e quão bom deve ser corromper essa sua carinha de anjo. - engasguei com a minha saliva.

-Elas dizem isso? - eu disse ainda tossindo um pouco, Amélia ria.

-Você não sabia? Mais cobiçado que você, só o Leo. - ri concordando.

-Realmente. E ele não perde nenhuma chance.

-Fico feliz que você não tenha perdido a sua. - ela disse, o corpo totalmente virado para mim, a cabeça encostada no banco e as pernas encolhidas ao redor de seus braços.

-Eu também, Amélia, eu também.

Não demorou muito para que chegássemos ao parque. Os olhos de Amélia brilharam com as luzes que todos os brinquedos que ali tinham. Assim que saímos do carro nos apressamos para comprar entradas para todas as atrações, tais como montanha-russa, carrossel e todos os outros que nos desse vontade de ir.

Nosso primeiro alvo (ou melhor, o primeiro alvo de Amélia) foi a montanha-russa. Nunca fui fã de brinquedos que testassem a minha capacidade de manter a calma, mas pelo visto Amélia gostava e por isso fiz um pequeno sacrifício. Depois outro, indo em um brinquedo que despencava de não se quantos metros. Depois outro, indo no tal trem fantasma que ela estava tão animada para ir. Eram apenas pessoas com fantasias ridículas de monstros, mas foi o suficiente para me fazer apertar a mão de Amélia com força enquanto a mesma ria do meu medo.

Passamos a tarde inteira no parque, fomos em todos os brinquedos e demos algumas pausas para comida. Em um certo momento paramos em uma barraca de tiros, onde quem acertasse a maior quantidade de bonecos em menos tempo ganhava o maior dos ursos. Aquela era a hora de impressionar a menina que me acompanhava. Segurei aquela arma falsa em minhas mãos e me preparei para acertar todos os bonecos em menos de 15 segundos. Acabei acertando só 3, mas fiz Amélia rir, o que foi o suficiente.

No final do dia resolvemos ir na roda gigante. Cada cabine tinha uma cor e Amélia torcia quase que silenciosamente para que a nossa fosse rosa. Acabamos por ir em uma cabine azul, mas eu a disse que não tinha problema pois combinava com seus olhos e ela riu.

Já no alto da roda gigante, o vento batia nos cabelos de Amélia e jogava todo aquele perfume de morango em mim. Vi seu corpo tremer com a brisa gelada e a cobri com meu casaco, trazendo seu olhar pra mim. Seus olhos azuis me olharam com a intensidade que eu nunca iria me acostumar, eles se apertaram levemente quando sua boca se abriu em um sorriso.

-O que foi? - perguntei, sorrindo junto com ela.

-Professor, eu... - a roda gigante parou, nos fazendo sacudir e seu corpo colidir com o meu.

Poderia repetir pela milésima vez todo aquele papo de que estava prestes a ficar maluco mas, a este ponto, não fazia mais sentido. Eu já estava louco, louco por Amélia Kannenberg. Não demorei a toma-la em meus lábios, as mãos segurando as laterais de seu rosto com força, quase com medo de que ela escapasse de mim. O gosto do algodão doce que Amélia comia há alguns minutos invadindo meu paladar, me lembrando do quão doce ela é e sempre será. Suas mãos foram ágeis e logo seguraram minha cintura, me puxando para perto e me fazendo segura-la ainda mais forte. Nos separamos quando sentimos falta do ar e deixamos nossas testas coladas, sentindo o impacto da roda gigante que tinha voltado a rodar.

-Que pena, eu não me incomodaria de ficar presa com você aqui. - ela disse, quando estávamos perto do chão.

-Eu me incomodaria, já brincamos demais e agora tem alguém aqui precisando de um banho. - disse e tampei meu nariz, fingindo sentir um mau cheiro.

-Só se for você, meu amor. - ela disse controlando sua risada.

-Meu amor? Você me chamou de meu amor? - parei quando já estávamos um pouco longe do brinquedo.

-Eu fui sarcástica.

-Será? Ou será que você está apaixonadíssima por mim? - eu disse a segurando pela cintura.

-Talvez eu esteja. - ela disse e colocou os braços ao redor do meu pescoço, tendo que ficar na ponta dos pés para isso.

-Talvez eu esteja também.

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oii gente, td bem? desculpa a demora (de novo) mas amanhã tem enem e a escrava aqui tava tentando estudar pra conseguir uma nota decente.

de qualquer jeito, comentem aqui o que acharam, conversem comigo e não se esqueçam de votar, me incentiva a escrever mais!

beijos no core e até semana que vem! <3

Aluna ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora