PH
Aconteceu tudo do jeito que eu planejei, matei todos sem remorso, depois de uma reunião, os alidos invadiram e o tiro comeu solto, não demos tempo a eles pra se defenderem, agora o papai aqui é o manda chuva da facção. Continuo mandando em tudo daqui mesmo do meu morro, a Rocinha passei o comando pro Biel, parça mereceu, lutou junto comigo porra. Agora ele mora lá com a Isa e o filho. Mas sempre nos vemos.
O Tilico é meu gerente aqui na boca do Alemão, o Menor passou de segurança pra chefe da minha segurança e do morro todo. Tenho que dar uma moral pros moleques, estão sempre correndo do meu lado.
A responsa aumentou muito, seguro a bronca de oito morros, pensa num bagulho problemático...kkk...mas era isso que eu queria.
Agora é ir atrás da minha pequena, quero ver se o pai dela vai querer guerra, se ela quiser ficar comigo vai ficar e foda se. Ta tudo no esquema, já sei que ela foi pra Italia, tem gente observando tudo. Vou só esperar meu filho nascer, aliás ainda não sei se é um herdeiro ou herdeira. Não perguntei pra Isa mais nada sobre ela, até pra não trazer mais problemas.
-Aí chefe, o Balboa do Vidigal quer falar com tu.- Tilico entra na minha sala falando.
-Porra Tilico, o cara é dono do morro e tu deixa o cara esperando? Vacilo isso aí. Manda ele entrar.- falo e aguardo.
-Fala aí chefe, fiquei de fazer uma visita pra tu, to aqui!- fala e me cumprimenta com toque na mão. - Trouxe um presente aí pro nosso novo chefe da facção.
Um segurança dele entra com uma caixa bem grande, coloca no chão.
-Ta aí chefe, consegui um carregamento novinho. Pode pedir pros seus seguranças abrirem. Pode confiar pô.- ele diz dando risada.
-Abre essa porra aí Tilico.- mando e ele abre. Porra mano, meus olhos brilham.
-Aqui tem os dois modelos que conseguimos, essas são presentes, mas se quiser o carregamento todo a gente negocia fácil, é muita potencia pro meu morro. - o Balboa fala e se senta.
-Porra, é tudo que eu estava precisando, armas super potentes.. falo pegando uma pra admirar.
-Eita, vim no homem certo, ta se preparando pra guerra chefe?- ele pergunta zuando.
-Tu não tem ideia, mas estou sim. - falo bem sério.
-Pô, precisar dos parça e só chamar.- ele diz e se senta.
-Bora negociar essa porra, quero todos.- falo e me sento pra negociar.
Caralho o baguio num tem erro, veio na hora certa, 300 dessas, tudo pro meu arsenal, pode vir a máfia que quiser, até bazuca nóis tem parça...kkk...
Fechei o negócio, fomos pro bar, tomamos umas breja e depois cada um caçou seu rumo.
Cheguei em casa, tomei um banho demorado e caí na cama. Dormi feito anjo.
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Uns meses depois.
PH
-Ta certo mano, não é pra chegar junto não, deixa ela achar que me esqueceu. Depois que minha cria nascer nóis agiliza isso aí, continua de olho.- falo com um cara que mandei pra vigiar Bia.
-Sabe que as novidades aqui são bem difíceis, ninguém chega perto da família, tem segurança até no telhado da mansão, mas fica sussa chefe, to de olho.- ele informa e desliga.
Pelas minhas contas, desde o dia que ela me deixou, deve estar pra nascer, queria ir pra la correndo, queria ver meu filho vir ao mundo, mas tranquilidade nessa hora é mais o certo, tudo tem a hora e lugar certo.
Saio do morro em direção a Rocinha, vou num churrasco na casa do Biel. A escolta agora é bem grande, sou chefe né pô. Nem gosto...kkkk..
Mandei uma mensagem pra médica colar aqui, Eloisa, gostosa pra caralho, depois que o marido descobriu que ela tinha um caso, abandonou ela, aqui ela é minha amante, fora as outras...kkk...de vez enquando ela vem me encontrar quando estou por aqui, mas só quando chamo, quero mulher nenhuma no meu pé.
-Fala parça, tranquilidade? Que bom que veio.- Biel vem me cumprimentar.
-Porra sabe que não dispenso pagode, mas fala í, cade o moleque?- nem termino de perguntar e vejo ele vir correndo pro meus braços.
-Moleque ta grande pacas, da um trabalho danado pra mãe dele, bagunceiro.- Biel fala cheio de orgulho.
-Porra mano, num vejo a hora de ver o meu ou minha né?- faço cocegas nele depois ele sai correndo.
-Nem devia te falar nada PH, mas ouvi uma conversa da Bia com minha mulher, parece que ela volta pro Brasil depois de que o bebe nascer, mas nem perguntei nada, sei dos seus corres pra ter ela de volta, valorizo o que ta fazendo, mas fica sussa que sei que ela ainda vai voltar pra tu.- ele fala olhando nos meus olhos, fico pensativo, mas não falo mais nada do assunto.
-Já é parça, tem cerveja nesse pagode não?- brinco pra descontrair.
A Eloisa chega logo e ja vem sentando no meu colo, bebe junto comigo, ela nunca conversa com ninguém, só comigo mesmo, gosto assim, percebo que a Isa olha de rabo de olho, num gosta muito não, mas também não se mete.
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Bia
-....ai, que dor do caralho, porra...ta doendo muito!- grito enquanto me levam pra sala de parto.
-Calma Bia, vai dar tudo certo.- Donatella, minha madrasta entra comigo.
Deito na maca e ja abrem minhas pernas, o bebe esta quase nascendo. Sem quere faço força pra ele sair.
-Vamos Beatriz, ele esta vindo, faça força, muita força.- o medico fala.
-Aaaiii...caralho...argggg...- faço muita força. De repente ouço um chorinho e a dor some como se fosse mágica.
-Pronto, seu filho já nasceu, um meninão forte e saudável.- o medico fala e coloca ele no meu peito. Eu choro ao ver seu rostinho.
-Como ele é lindo Bia, nosso Pietro é uma graça.- Donatella fala e se emociona.
-Sim, lindo demais. Meu filho, meu Pietro.
Meu pai deu a ideia do nome pois seria igual ao do meu avô, amei de primeira, afinal o PH se chama Pedro, mas meu pai não sabe.
15 dias depois
Meu pai esta muito bravo comigo, mas cumpriu o que disse e não me segurou aqui, quero ir embora, quero minha casa, amanhã mesmo já estarei no Rio, ainda não sei se aviso o PH, estou confusa. Mas seja o que Deus quiser.
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Sem Escolha
RomanceBeatriz, É difícil aceitar que a vida nos traga coisas do passado que não esperamos nem em um milhão de anos. Me chamo Beatriz, perdi tudo que a vida me deu , foi muito de repente, depois de um passeio fui tomada por um desespero em não saber mais...