Finalmente chego em casa, fiquei aliviada por um segundo ao não ver o carro de meu pai, ou minha mãe ali na frente. Apesar que tinha pequenas possibilidades de estarem na garagem, mas eu estava acreditando no melhor, que nenhum dos dois estava em casa.
Agradeci ao taxista, mesmo estando horrorosa, educação é tudo. Procuro as chaves em meus bolsos, e felizmente as encontro no mesmo lugar que as coloquei no short.
Entro em casa, meu coração pulsava forte, mas ao ver, que tudo estava do jeito que eu deixei, ele volta a bater normalmente. Subo até meu quarto, coloco meu celular para carregar, e quando ele finalmente liga, as mensagens vão caindo, e uma das primeiras que vi, foi da minha mãe. Estava escrita: "Me desculpe filha, o celular da mamãe descarregou aqui no hospital, e só agora consegui um carregador. E como você viu, eu e Ryan não conseguimos dormir em casa. Mas nós estamos ai às 8:00AM."
Olho no relógio do meu celular: 7:58AM, isso só pode ser zueira com a minha cara né?
Saio correndo até meu quarto, pego umas roupas aleatórias, toalha, e corro para o banheiro. Qualquer vestígio que eu tivesse daquela noite, tudo iria por ralo abaixo. Bom, era o que eu imaginava.Enquanto a água escorrida pelo meu corpo, e a cada gota, que se encontrava com uma parte não molhada de minha pele, eu tinha pequenos arrepios, as lembranças, as sensações, vinham com tudo. Como se fossem uma grande bola sendo jogada contra mim. Eu estava assustada, mas quando pensava no Noah, naquela espécie de sacada, sentado, pensando certamente. Por algum motivo, aquilo acabava me deixando mais tranquila. Uma sorrisinho apareceu em meu rosto: "Eu devo ser muito idiota mesmo, né?" — penso comigo mesma.
E realmente, eu sou uma idiota.Saio daquele banho, troco de roupa e desço em direção a sala. E eu escuto o barulho da tranca, e assim corro para a cozinha, fingindo fazer um achocolatado.
— Bom dia filha! — ela abre a porta, em meio as duas bolsas de Ryan. Pelo jeito o negócio foi sério no médico.
— Bom dia mãe, cadê o Ryan? — corro até a porta para ajudar ela.
— Ele está ali no jardim. — quando pego as bolsas de sua mão, ela vai até a cozinha, e eu olho para fora, Ryan estava brincando com uma borboleta azul.
— Olet! — quando ele me vê, grita e corre até mim. — Ryan tomou picadinha do médico, olha! — ele estende o braço e eu consigo ver o curativo.
— Doeu meu amor? — ele balançava a cabeça como um não.
— Não doeu, mas Ryan ganhou um pirulito por não chorar, aqui! — ele o tirava do bolso.
Depois de entrar em casa, e eu colocar as mochilas no quarto do Ryan, vou até a cozinha onde minha mãe ainda estava.
— O que aconteceu com ele? — me sento no banco que ficava ali, se juntando a bancada.
— Refluxo, dor de garganta, dor de ouvido, febre alta. Tudo em uma manhã só? Pode acreditar? Sendo sincera, eu fiquei com medo, então arrumei tudo, só pelo caso que a gente precisasse ficar mais de um dia, e corri para o médico. Me desculpa te abandonar assim. — minha mãe estava com uma expressão de aliviada, e até eu ficaria assustada.
— Mas agora está tudo bem, né?
— Sim, está tudo bem. — ela esboça um sorriso.
— Então por que pediu desculpas? Eu fiquei muito bem aqui em casa.
— É, você não jantou ontem? — ela pergunta olhando para a pia, que estava limpa.
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Sociopata
Teen Fiction"Você me levou as alturas, libertou às borboletas que se instalavam no meu estômago. Mas há sempre uma falha, e dessa vez não era você, era eu. Me joguei ao absoluto vazio, aonde morri sozinho." Vocês gostam de se mudar? Eu imagino que não. ...