Meu coração parecia estar sendo furado por mil espadas, aquela sensação não passava, e eu estava ficando cada vez mais agoniada.
O elevador chega, e rapidamente me levanto, me olho no espelho, ajeito o cabelo e saio rapidamente, vou em direção a porta da saída.
Coloco meu celular na sacola plástica, enrolo e o guardo no bolso da calça.Em menos de quinze minutos espero estar em casa, são oito da noite, qualquer coisa falo que os pais da "minha amiga", me trouxeram.
Estava chuviscando, nem parecia que tinha acabado de acontecer uma tempestade de verão, eu acho que não vou chegar tão molhada em casa, qualquer coisa, entro rapidamente pela porta, subo para meu quarto, pego minha toalha e entro no banheiro, minha mãe nunca saberá que eu vim de apé na chuva.
(...)
Entro em casa rapidamente, abro a porta lentamente, minha mãe e Ryan estavam assistindo TV, acho que os dois caíram no sono. Mas, antes que eu descobrisse se eles realmente estavam dormindo ou não, entro e corro para o quarto pegando minhas coisas para entrar no banho. Nunca precisei tanto disso, quero organizar o que o Noah bagunçou.
Entro no banheiro, estendo a toalha no gancho, tiro a minha roupa que estava úmida, e me olho no espelho, aquele olhar, a sua voz, o jeito que ele me provoca, tudo vinha a minha mente e ficava se repetindo. Ligo o chuveiro e aquela água morna descia da minha cabeça até meus pés, meu corpo estava gelado por fora, mas por dentro meu corpo pegava fogo. Simplesmente queria sentir a água, e tentar não pensar nele, apenas sentir a água.Termino meu banho e estava me sentindo bem melhor, e vou até a sala para ver se eles já acordaram.
— Mãe? Você está acordada? — cutuco o braço dela.
— Violet? Mas você... Que horas você chegou? — que droga, eu acordei a minha mãe.
— Os pais da minha amiga me trouxeram de carro, e eu fui direto pro banho, eu acabei me sujando na casa dela.
— Eu queria ter agradecido eles. — ela fala cabisbaixa.
— Por que você não coloca o Ryan na cama? Ele está babando no seu braço hahaha. — tento animar o clima.
— Tem razão, ele estava esperando você, e acabou se cansando.
— Desculpa.
— Não, está tudo bem. — minha mãe esboçou um sorriso.
— Eu levo ele para o quarto, você pode organizar a sala e ir dormir. — falo enquanto pego Ryan no colo.
— Cadê a Olet? — ele falou enquanto eu subia as escadas, indo em direção ao seu quarto.
— Estou aqui meu amor.
— Por que a Olet demorou? — sua voz era tão baixa, e ele nem sequer abria os olhos.
— Desculpa, a Olet não vai mais fazer isso. — deito ele na cama. — Boa noite meu amor. — saio do quarto.
Entro no meu quarto, desligo a luz e deito na cama. Estava exausta, tanto por fora, quanto por dentro.
(...)
Já se passaram uma semana, e fazia dois dia que meu pai havia chegado da sua "férias" com o senhor Rubens, e ele inesperadamente me levou no shopping para comprar um biquíni, no começo não entendi direito, mas, ele falou que iriamos para Baker Beach, a linda praia que tem aqui em São Francisco que é ao lado da Golden Gate Bridge, eu gostei da idéia, fazia anos que eu não ia em uma praia ou até mesmo piscina.
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Sociopata
Teen Fiction"Você me levou as alturas, libertou às borboletas que se instalavam no meu estômago. Mas há sempre uma falha, e dessa vez não era você, era eu. Me joguei ao absoluto vazio, aonde morri sozinho." Vocês gostam de se mudar? Eu imagino que não. ...