-|| Capítulo 11 ||-

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      — Que papéis são esses? — me ajoelho no chão, assim fica melhor para conseguir ver as coisas que tinha encima da mesa de centro.

      — Nem preciso responder, você já está mexendo em tudo.

      — Para de drama e me fala pra que serve esses desenhos dê... — desvirei uma folha. — Rosas?

      — É são rosas, eu gosto de rosas.

      — Por isso a tatuagem de uma rosa?

      — Parabéns Violet, você é um gênio. — ele bate palmas. — Acabei de falar que gosto de rosas garota. — ele volta com a cara de "deboche" dele.

      — Mas por que rosas? — vou vendo os desenhos, e todos eram rosas, algumas de cores diferentes, outras "pegando fogo", tenho que admitir, elas são lindas.

      — Porque... — ele faz uma pausa, e olha para mim. — Não te interessa.

      — Que coisa Noah, me conta!

      — Para de insistir, se não te coloco lá fora na chuva. — e no mesmo momento a luz de um raio foi vista, e logo após o barulho do trovão.

      — Viu, fica jogando macumba! Você não sabe não, que quando tá chovendo, não pode ficar falando dela de forma ruim?

      — Quem te falou isso?

      — É... Meu pai.

      — Ele certamente nunca pesquisou sobre isso então. Isso ocorre porque as nuvens se chocaram, tem nada haver com isso.

      — Mas eu acredito nisso, não vai ser você que vai mudar a minha opinião.

      — Você é idiota então.

      Ele vira a cara e volta a mexer no celular.
      Aquela chuva parecia não ter fim, eu olhei no relógio e já tinha passado meia hora de chuva intensa.
"Por que Isso sempre acontece comigo!?" — penso comigo mesma.
      Faltava uma hora, para bater meu limite de ficar fora de casa, e eu tinha uma pequena certeza que aquela chuva não ia parar até lá. Então antes de levar uma bronca, mando mensagem pra minha mãe falando que tava na casa de uma amiga e que depois eu voltava de táxi, ela insistiu para me buscar de carro, mas eu falei que tava tudo bem (Amém!). Mas eu estou sem dinheiro, como eu vou voltar pra casa?

      — Você não vai embora não? Vai fazer uma hora já.

      — E por acaso a chuva parou?

      — Vai de táxi, ou algo assim.

      — Não tenho dinheiro. E não, eu não quero seu dinheiro.

      — E quem disse que eu ia te dar dinheiro? — eu odeio quando ele faz isso!

      — Eu nem estou te incomodado, to aqui, sentada no chão de boa.

      — Mas me incomoda você ficar aqui.

      — Tá com vergonha de fazer as coisas na minha frente, "Noahzinho"?

      — Você é muito sonsa. — ele se levanta. — Você gosta de salada de fruta?

      — Oi?

      — Eu to perguntando se você gostaria de comer salada de fruta?

      — Salada de fruta? Eu nunca experimentei isso.

SociopataOnde histórias criam vida. Descubra agora