Meu querido amigo Big God

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Big God era conhecido de todos, com exceção de algumas meninas e a criançada do primeiro grau. Por isso o apelido.

Eu conheci meu inseparável amigo na adolescência, no primeiro ano do colegial. E ele, foi aparecendo na minha vida sorrateiramente.

No início era um sujeito fino, discreto, e fazia questão de ser imperceptível.

Assim, como estávamos sempre juntos, só notavam sua presença quando vinham conversar comigo.

Nossa convivência se tornou inevitável. E a intimidade também:

Comíamos o mesmo pão, bebíamos o mesmo leite, e até beijávamos a mesma mulher. E ríamos juntos!

Crescemos, e ele se tornou robusto, forte. Tava na cara que ele já estava maduro.

Comecei a namorar, e como sempre, acompanhado pelo Big God.

Por muitas vezes ele quase acabou com meu relacionamento. Minha namorada detestava meu companheiro. Dizia que ele era muito chato, muito pentelho, e se sentia incomodada com ele.

Mas, mesmo andando sempre no fio da navalha, o namoro prosperou e chegou o dia do meu casamento.

Infelizmente algo me surpreendeu, pois para este evento, minha noiva quis cortar o Big God da cerimônia. Disse que não queria mais me ver com ele! E que com ele, não haveria casamento!

Discutimos muito, falei do carinho que tinha, dos anos de amizade. Falei que ele já fazia parte de mim.

Mas nada a convenceu.

Numa atitude passional, cruel e violenta, ela ameaçou Big God com uma navalha.

Tentei protegê-lo. Mas foi em vão. E sob meu nariz, na minha cara, ele foi navalhado.

Ainda tentei impedi-la, mas não teve como consertar o ocorrido.

Big God estava acabado. Big God foi pro ralo, foi para o esgoto.

Mesmo assim casei. Mas prometi, já que tinha perdido o Big God ia deixar o cavanhaque.

Nem todas doenças são crônicasOnde histórias criam vida. Descubra agora