Brincando de amar

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Conheceram-se num supermercado.
Na seção infantil.
Ele estava na frente dos bonecos de pelúcia.
Tinha um olhar ingênuo. Um jeito carente.
Mal ela colocou os olhos nele e já se apaixonou.
Antes de pagar suas compras no caixa ela o convidou para tomar um café.
Ela suspirava para ele, e dizia eufórica:
— Você tem um jeitinho tão meigo! Dá vontade de apertar!
O pretendente ficava paralisado. Mas parecia não se importunar com a empolgação da moça.
Feliz da vida ela abraçava e apertava a barriga dele.
Em resposta ele sorria sem jeito e dizia:
— hehehe Te adoro!
Ficaram grudados durante um mês.
Ele, extremante carinhoso, sempre reafirmava seu carinho por ela a cada abraço que ganhava:
— Te adoro!!!
Até o dia em que o carinho dele emudeceu:
A pilha do urso de pelúcia havia acabado.

Nem todas doenças são crônicasOnde histórias criam vida. Descubra agora