Melissa
Chego no meu escritório, e estava muito mal humorada, eu tinha que deixar tudo em ordem hoje, por que a minha avó me programou uma viajem sem volta para acabar. Grito pelo Paula
- Oi chefinha – Entra na minha sala.
- Quero que você transfira todas as minha audiências, para o Vinicius.
- Tem certeza. – Fechei a minha cara para ela. – Tudo bem.
- Vou ficar uns dias fora, preciso que esteja tudo em ordem eu conto com você para isso.
- Comigo chefinha?
- Sim, Paula quero que você fique de olhos e ouvidos bem abertos, você é a única que eu posso confiar aqui.
- Serio, o Matheus vai com você?
- Não. – Vir ela arregalar os olhos, mais eu tinha os meus motivos para desconfiar do Mateus, e não queria explicar isso para ela.
- Tudo bem, pode contar comigo. – Ela fez o sinal de continência.
- Vou levar esses documentos para eu ler e qualquer coisa me liga, que eu volto. Há e coloca a Vanessa para ficar com as ligações e você vai supervicionar toda a equipe.
Ela me abraçou e saiu, estava louca para ela faz parte dos advogados, mesmo sabendo que eu ia perder a minha melhor assistente.
Fui para a casa fazer as malas, e estava odiando essa ideia de passar um tempo na fazenda. Eu sentir tanta raiva naquele dia, que jurei nunca mais voltar lá.
***
Abro os meus olhos, e escuto um HERBET, HERBET. Me sento na cama procurando pelo barulho e quando olho para o chão, tem um sapo enorme no meu quarto, fico em pé encima da cama e começo a gritar feito louca, o que só assustou o sapo e ele começou a pular, a porta do meu quarto se abre e o meu pai entra para me socorrer.
- Como esse bicho entrou aqui? – Ele me pergunta como se eu soubesse.
- Não sei, - Falei gritando. Olho para a porta do meu quarto está o Eric e o Pedro rindo de mim.
Mais dessa vez ele foi longe demais, corro para fora do meu quarto sem me importar mais com o sapo, e vou atrás do Pedro que já esta correndo de mim, o alcanço na varanda o derrubo no chão, sento encima dele e começo a socar o seu rosto, ele tenta segurar os meus braços, mais estou com muita raiva e quando eu vejo estou sendo puxada de cima dele e ele está sangrando pelo nariz.
- Eu te odeio. Eu te odeio. – Falei gritando e chorando para ele, sei que ele ficou assustado pude ver nos seus olhos, depois daquele dia jurei que não ia deixar mais nenhuma menino judiar de mim, e depois disso nunca mais quis voltar na fazenda.
***
- Está pronta filha? – Minha mãe entra no quarto me tirando das minha lembranças.
- Sim. A senhora vai comigo com o Eric?
- O seu pai disse, que vem me buscar. – Balanço as minhas sobrancelhas para ela, ela rir. – Nada do que você esta pensando, ele só quer ir conversando para não ficarmos brigando na frente da sua avó.
- Sei. Mãe vocês precisam esquecer esse negocio de separação e se resolverem de uma vez.
- Eu vou tentar minha filha.
O Mateus chegou e pegamos o meu jipe rosa. O Eric veio falar com ele.
- E ai Mateus. – Os dois deram as mãos.
- Fala Eric.
- Que bom que vai para fazenda também, tenho certeza que você vai gostar.
- Duvido, detesto mato.
- Serio. – Eric fez um cara de surpreso. – Como vocês podem estar juntos então, por que apesar de ter muito tempo que a Mel não vai lá, tenho certeza que ela ama aquele lugar.
Mateus me olha e entra no carro sem falar nada, entrego a chave para ele por que ele nunca deixava eu dirigir quando saia comigo, mesmo que o carro fosse meu, isso já estava começando a me irritar. Entrei no carro e coloquei uma musica e ele fez questão de mudar, deixei pra lá encostei a minha cabeça no vidro e fiquei pensando no que o Eric tinha falado, ele estava certo.
Eu e o Mateus não combinava em nada, as comidas eram diferentes, as musicas eram diferentes, eu era simples mesmo tendo dinheiro, ele era arrogante mesmo não tendo dinheiro, será que era realmente isso que eu queria, uma pessoa que não me completava.
Passamos pela cidadezinha e fiz ele parar, que saudade eu estava daquele lugar, já havia uns 10 anos que eu não ia lá, desde dos meus 16 anos. Entrei num quiosque bem familiar para mim, e o Mateus foi atrás.
- Melissa?
Me virei para ver a pessoa que me chamou.
- Beth, e você mesmo?
- Sim sou eu. – Nos abraçamos.
- Nossa, pensei que nunca mais eu ia te ver.
- Minha avó me fez voltar.
- Que bom, estão dizendo por aí, que eles vão dar um festão danado.
- Não duvido, quero te ver de novo, como fazemos?
- Você esqueceu que essa budega e dos meus pais, agora eu tomo de conta.
Vir a cara que o Mateus fez quando ela falou, e isso me irritou ele se incomodava como as pessoas falavam.
- Beth esse é o Mateus meu namorado.
- Prazer, na verdade somos noivos. – Ele falou sem nem pegar na mão dela.
E claro que ela percebeu, por que se virou para sair.
- Nos vemos por ai Mel.
Entrei no carro brava e sentei no banco do motorista.
- O que você está fazendo eu vou dirigir.
- Não quem vai dirigir só eu, o carro e meu. – E tirei a chave da sua mão. Liguei o carro antes de ele entrar.
Ao chegar na fazenda o meu coração apertou, que saudades eu estava daquele lugar, e como estava diferente, mais ainda assim eu podia chamar de casa, o cheiro de grama e terra.
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Amor de infância REVISADO
RomancePedro uma criança que amava a sua melhor amiga, ele queria ser o principe encantado, que a sua avó lia para eles nesses contos de fadas, mais todas as vezes que ele tentava dava errado, até que um dia ela bateu nele, e disse que o odiava, depois dis...