2 - Capítulo 23

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" As pessoas andam por ai, agindo como se soubessem o que significa ódio, não, ninguém sabe até você... odiar a si próprio, realmente se odiar..."

- Autor desconhecido.

POV DONATELLO

Cheguei no hospital e entrei no quarto de Mikey, o mesmo continuava na mesma. Com os olhos fechados e os braços do lado do corpo, ligado à ele equipamentos médicos. Seu rosto estava pálido, e sua boca seca.

Recebo uma mensagem de Leonardo, dizendo que preciso pesquisar na internet coisas sobre uma matéria, que terei prova no dia seguinte.

Me levanto e saio para pegar uma garrafa de água para mim.

POV MICHELANGELO

Nublado, era a única coisa que tinha em minha mente. Minha cabeça me martelava. Ela me torturava. Mas tinha vezes que estava calmo. Ficava calmo quando escutava barulhos, vozes... mas vozes conhecidas. Uma música foi tocada para mim. Fazendo com que minha alma acalmasse. Eu lutava e lutava, para não ir embora, eu não estava mais aguentando, mas eu continuava lutando. Mas eu teria desistido... se não fosse pelas vozes. Aquelas vozes... tão doce, tão enjoativa e tão arrogante. Mas era essas vozes que me fazia forte, mesmo estando fraco.

Era as vozes dos meus irmãos.

Abro meu olhos lentamente, mas por conta da luz aperto os mesmo entre as pálpebras. Um barulho me penetrava pelos ouvidos, como um som de batimentos cardíacos. Minha cabeça doía pelos barulhos. Isso me irritava, que por mais que não estavam altos, me perturbava. Minha vista ficou embasada, mas pude abrir meus olhos. Olho um teto com uma textura azul. Era a única coisa que conseguia ver, minha cabeça doía assim que tentava meche-la.

Finalmente consigo olhar para os lados, mechendo minha cabeça em câmera lenta. Demoro para perceber que estava em um quarto de hospital, pois minha mente estava lenta, mau conseguia pensar. Então me pergunto. "O que diabos estou fazendo aqui?" Até que um flashback passou em minha mente, causando-me uma dor de cabeça mais forte que antes. Tento mecher o meu corpo mas era inútil, eu não conseguia mecher, era como se eu estivesse esquecido de como me mecher.

Esculto uma porta se abrindo. Sinto alguém correndo até mim, e tentando conversar comigo. Mas eu não conseguia identificar quem era, nem o que estava falando. Comecei a sentir uma tontura, tudo estava rodando, e não conseguia enxergar, até que tudo ficou preto de novo.

[ . . . ]

Vou abrindo meus olhos lentamente. Consigo sentir uma aproximação brusca.

- Mikey?-Esculto a voz familiar de Donnie apertando minha mão.

Consigo abrir meus olhos por completo, conseguindo ver perfeitamente seu rosto. Volto a olhar o lugar, lembrando novamente que estou em um hospital.

- Como você está? Está me ouvindo?-Donnie perguntava desesperadamente olhando no fundo dos meus olhos muchos. Sinto mas uma vez, uma leve tontura.

- D-Donnie?-Susurro gaguejando com a voz falhada.

- Como você está?-questionou. - Vou chamar o médico.-Donnie soltou minha mão levemente, e saiu em disparada do quarto.

Me encontrei sozinho novamente. Meus sentidos iam voltando aos poucos. Me lembrei de como fui parar ali, mas não entendia os motivos. Não entendo o porque de não lembrar, pois estou aqui à um dia.

Esculto Donnie entrar pela porta juntamente com o médico.

- Você está bem?-Perguntou o médico me olhando sorridente. Fico sem expressão alguma, apenas encarando seu rosto. - Agora que ele está acordado...-Se direciona ao Donnie. - ... precisamos fazer alguns exames, usando a mente dele.-Retorna seu olhar para mim. - Espero que fique bem, você é um garoto muito forte.-Abre um sorriso. E logo sai do meu quarto.

- Meu Deus, Mikey.-Donnatello se aproxima de meu corpo alegremente. - Eu fiquei tão preocupado. Você nem imagina.-Continuo olhando em seus olhos, sem expressão.

Depois de Donatello ficar conversando comigo. -Por mais que eu não respondesse. -Ele ligou para meus irmãos, que pude escultar gritos através da linha. Eu reagia na mente. Tentei então ter alguma reação, movendo o meu corpo. Mas não tinha muitos movimentos nas pernas, o que me assustou muito.

- Quer se sentar?-Pergunta Donnie percebendo minha inquietação. Não respondo nada e o mesmo veio mechendo em meus travesseiros e me erguendo para me sentar. - Você é pesado.-resmunga.

Eu fiquei o tempo todo sem dizer nenhuma palavra. Olhava para a porta, e para nada mais. Era como se meu cérebro tivesse desligado. Percebia o olhar preocupado de meu irmão, ao perceber que não o dirigia nenhuma palavra.

A hora foi passando, até chegar umas onze horas da manhã. A enfermeira entrou no quarto, e disse para Donatello que daqui cinco minutos meu almoço estará pronto, e que ela vai trazer.

Passou cinco minutos em um piscar de olhos. A enfermeira entra com uma bandeja de madeira, sobre ela tinha um prato fundo com sopa, e um copo de água. Colocou sobre o meu colo.

- Fico muito feliz que tenha acordado. Essa seria sua primeira refeição depois de um longo mês.-Ela sorri, deixando seus dentes brancos à mostra.

Como assim um mês? - penso.

A enfermeira sai. Donnie se levanta e vem até mim. Não o olho. Fico encarando a porta à minha frente.

- Você não vai comer?-perguntou.

Olho para minha sopa abaixo dos meus olhos. Levo minha mão até a colher, que é visivelmente perceber que minha mão está trêmula.

- Quer que eu o ajude?-Perguntou pegando a colher e enchendo-a, levando em direção ao meus lábios.

No mesmo instante meus irmãos entra pela porta. Fazendo minha garganta se fechar.

- Mikey, Meu Deus!-Raphael se aproxima com um sorriso largo. - Eu não acredito que você acordou.-Se aproximou mais ainda. Mas não tirei minha atenção à porta.

- Como você está se sentindo?-Perguntou Leonardo já do meu lado.

- Ele não falou desde que acordou.-Donnatello explica minha situação. - Só o meu nome.

Donatello tenta mas uma vez colocar a colher na minha boca. Mas eu não abri. - Você precisa comer.-Dizia ele como a colher roçando meus lábios fechados.

- Você nos deu um susto e tanto, Mikey.-Raphael começa já com lágrimas nos olhos. - Olha para a gente.-pede, quase acabo cedendo.

[ . . . ]

Acordei na mesma posição da noite anterior. O dia havia amanhecido. A luz do céu clariava meu quarto. Leonardo me encarava. Suspeito que não dormiu para ficar cuidando de mim. Donnie e Raph passaram a noite no meu quarto também, mas diferente de Leo, eles estavam dormindo.

- Bom dia.-Leonardo se aproxima com um sorriso largo. O olho. Tento dizer alguma coisa.

- Des-culpa.-Minha voz sai rouca, quase sussurrando.

- Você não precisa se desculpar por nada.-Ele segura minha mão, se ajoelhado no chão e inclinando-se na cama. - Eu Te Amo muito.-Meu rosto continua sem expressão alguma, mas como resposta, aperto de leve sua mão.

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PRÓXIMO CAPÍTULO VAI
SER POSTADO
SEGUNDA-FEIRA

Fique e Mostre Que Se Importa. [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora