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Depois de um bom tempo de beijos e caricias, Taehyung e Jungkook já não estavam no corredor sozinhos, e sim na biblioteca, procurando informações da doença nos livros.

E como sempre, nunca tinha nada.

Taehyung deixou o livro que estava lendo, em cima da mesa, e encarou Jungkook em sua frente, que lia e fazia certas anotações, concentrado. 

Com um suspiro longo, o príncipe chama a atenção do bastardo, que olha sem entender.

— Tem uma... duas, duas coisas que você precisa saber.

— O que é? — Jungkook não queria mostrar nervosismo, mas era quase impossível. 

— O pai do Derick voltou, e olha... ele é aquele cara que correu atrás de nós quando você me puxou. Eu deixei ele ficar, pois achei que sabe... a gente iria embora.

— A mãe dele não era uma camponesa?

Jungkook arregalou os olhos, incrédulo. Taehyung só soube rir, e colocou a sua mão por cima da do menor, vendo ele corar.

— O dia em que eu ter um filho com uma mulher, vai ser milagre. — Ele deu mais uma risadinha. — te devo explicações, não é?

O rosto de Taehyung voltou a ficar sério e Jeon assentiu.

— Fazia um ano que minha mãe morreu e eu estava... eu estava acabado, não via mais sentido para ser um rei, não via mais sentido continuar como realeza. Eu... então eu, virei o contrario disso. — Ele deu uma pausa, tentando encontrar as palavras certas. — Eu me vestia de camponês e fugia do castelo, ia beber. Um dia um malandro roubou o colar que minha mãe me deu, eu corri atrás dele como nunca, era a única coisa que eu tinha dela realmente. O malandro, era o Jackson.

— C-continue, por favor... — Disse Jungkook, com os olhos bem abertos, prestando atenção. 

— Ele tinha sido expulso de casa, após os pais dele terem descobrido que ele era gay, por isso roubou o meu colar, para sobreviver e... Eu sei que parece estranho mas... Eu fiquei com pena, deixei morar no castelo por um tempo, ele virou meu melhor amigo. 

— E então, vocês fizeram o Derick?

— É, tipo isso... — Mesmo com a tensão, o príncipe permitiu-se rir. — Até que ele sumiu, do nada achei que tivesse aproveitado de mim apenas me usado enquanto podia. Mais ou menos nove meses depois, eu fui avisado que tinha um bebê em um cesto, na frente do castelo. Eu o acolhi, sem saber que era meu. E então eu fui encontrar o bebê, e tinha uma carta do Jackson. — Ele suspirou, mais uma vez. — Mesmo se ele não tivesse escrito, eu sabia que aquele filho era meu.

— Ele é muito parecido com você, é a sua cara mesmo.. 

— Sim, é. Por favor, Jungkook. — Taehyung quase subiu em cima da mesa de tanto que fez esforço para chegar perto do moreno. — Não ache que eu gosto dele, não ache que eu já gostei dele. Eu amo você, e sempre foi você. Desde crianças, eu... Eu não sei explicar, apenas sinto.

— Eu acredito em você. — Ele abriu um sorriso sincero, e o príncipe não pode se impedir e fez o mesmo. — Eu também te amo, e você sempre será meu pequeno. 

Mesmo eu sendo maior que você?

Mesmo você sendo maior que eu!!! — Os dois riram, juntos. Era bom estarem juntos com um sorriso no rosto. 

Taehyung lembrou-se de Evangeline que Jungkook provavelmente não sabia.

— E-evangeline está... Sua irmã está doente! — Confessou, amargurando-se. 

— O que? 

— ela está doen-

Não demorou milésimos segundos para que Jungkook saísse da biblioteca apressado, e Taehyung corresse atrás. Se perguntou aonde ele iria, até que os dois se viram na frente do quarto de Evangeline, o bastardo pronto para entrar.

— Espera. — Taehyung segurou o ombro de Jungkook. — Você vai ficar doente também! 

— Irei ficar longe, prometo de dedinho. 

— Isso é mais sério do que as nossas promessas enquanto crianças! — Exclamou, Taehyung.

O bastardo não ligou, abriu a porta rapidamente e quando o príncipe foi tentar abri-la, percebeu que Jungkook havia a trancado. 

Taehyung só ficou ali, esperando. Longos minutos que nunca passavam. 

Meia hora depois, Jungkook abriu a porta, Taehyung levantou-se do chão num pulo, encarando o garoto. 

— E então? 

Jungkook estava tremendo, nunca como antes, seguindo o corredor. O príncipe foi atrás, atordoado.

— E-eu vou a Rawdon, Taehyung. — Disse Jungkook, soando frio. — E-eu p-preciso ir, agora.

— Por que? Por que precisa ir? 

— Porque... — Ele suspirou, Taehyung pode perceber o nervosismo e a angustia em seu olhar. — Eu preciso contar a meu pai que... Evangeline provavelmente não sobrevivera. 

O príncipe quase caiu para trás, simplesmente não entendia como as coisas aconteceram tão rápidas... Até que ele pensou, e relembrou, que o único irmão de Evangeline é Jungkook. 

Se ela morrer,Jungkook será rei de Rawdon.


TANANANANA ACABOUKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

não a fic né 


❝Herdeiro de Norta❞ TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora