| Capítulo XVI |

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Notas do Autor - Gente, finalmente, consegui criar um Book Trailer da fanfic. Esse é o primeiro Book Trailer que faço, então pode ser que futuramente eu ainda refaça um bem parecido. Saiu grande? Saiu grande, porque noix gosta de coisa extensa aqui. Mas enfim, achei que ficou bom para o meu primeiro trabalho, nesse formato. Espero que tenham gostado. Desculpem ter demorado tanto para postar o capítulo, estou em uma semana infernal de trabalho, mas logo todos esses temas da história vão ter um desfecho bastante explicativo. Apenas tenham paciência. E aproveitem o capítulo! ❤

(...)

" O medo não é a resposta mais correta para os valentes.
E o amor não é o sentimento mais comum entre os que odeiam. Mas isso não os impedem de senti-los."

Milene Oliveira


O comerciante deu um passo atrás, escondendo o ódio que sentiu ao ver os lábios de Amália encostarem nos do príncipe de Montemor.
Sua vontade era tomar a plebéia pelos braços e tirá-la de perto dos toques de Rodolfo, sempre sentia vontade de decapitar qualquer homem que ousava se aproximar da moça, e daquela vez, não foi diferente. Maldita fora a cena que vira, em tão poucos segundos.

- Virgílio! - Catarina chamou a atenção do plebeu, fazendo a feirante soltar do nobre, ainda com as mãos sobre seu peito - O meu pai o está aguardando em seus aposentos. Por favor, me acompanhe.

A rainha bem que tentou disfarçar, mas não conseguiu evitar a manifestação de um sorriso misterioso sobre seus lábios. Ela sabia que Amália estava arruinando sua vida já tão miserável. Talvez não precisasse fazer muito esforço, nem lançar nenhum peão para fora do tabuleiro, a plebéia parecia ter facilidade em se autodestruir.

- Majestade! - Virgílio inclinou os olhos, a reverenciando. Depois olhou para trás uma única vez, vendo Rodolfo sorrir encantado com a atitude de Amália, enquanto ela lhe desafiava com uma expressão vitoriosa.

O comerciante decidiu seguir a monarca, sabia que cometeria alguma loucura, caso continuasse ali.

O corredor que ele havia tomado na companhia de sua majestade, possuía um tonalidade indefinível de cobre. Havia um clima estranho pairando pelo ar. Enquanto caminhava, não pode deixar de reparar nas costas completamente nuas da rainha, seus cabelos escuros esbarrando contra a sua cintura fina a cada passo que ela dava em direção ao quarto, o descentralizavam. Quando ela parou e se voltou, elegantemente, o plebeu rapidamente disfarçou o olhar.

- Um momento. - ela ergueu o indicador - Gostaria de falar com você sobre um assunto que certamente diz respeito a seu lado pessoal, mas que tem me incomodado bastante.

- Em que poderia servi-la, majestade? - Virgílio se aproximou, sempre contido em suas ações.

Catarina prosseguiu, admirando a disponibilidade do comerciante.

- Ainda pretende se casar com aquela plebeia? - questionou de forma franca, enquanto arqueava uma das sombrancelhas.

- Amália... - ele respirou fundo. Tentava conter a revolta por tudo o que vira, algo que não foi tão difícil, pois em suas lembranças com a feirante haviam muito mais memórias doces do que resquícios de discussões - Apesar de tudo, eu ainda a amo.

O TRONO DE SANGUE - Afonsarina [REVISANDO / INCOMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora