Pov. Axel
Dirijo durante alguns minutos e finalmente chego no consultório do doutor Rivera. Entro no consultório e me sento na cadeira na frente da mesa dele.
- "Relaxa, uma semana sem se consultar e você deve ter muita coisa para contar" - tudo estava bem mas ao falar sobre as coisas complicaram, o ambiente relaxado é substituído por um pesado e incômodo. - "Me conte o que aconteceu, mas conte devagar. Conte primeiro as coisas que sejam mais fáceis de contar, o mais difícil deixa para depois ou vamos para deixar para a próxima sessão" - eu suspiro profundamente.
- "Me mudei para outra casa perto da praia, o qual me relaxa bastante e mantém meus demônios na linha, aquele lugar me deixa em um estado de paz" - deixo de falar e imagino a praia.
- "Qual foi o motivo dessa mudança repentina?" - ele escreve alguma coisa no seu caderno de couro.
- "Só queria algo novo" - minha resposta captou sua atenção e levanta uma sobrancelha.
- "Axel são muitas mudanças repentinas, eu te falei muitas vezes que grandes mudanças feitas de uma hora para outra não é bom, você tem quero tomar muito cuidado. Como sua companheira lidou com essa mudança repentina?" - ele pergunta anotando no seu fodido caderno.
- "Nós fizemos sexo" - digo e sua mão parou de se mexer e ele levantou o olhar.
- "Ela concordou com isso ou não?" - ele deixa a caneta na mesa, une as suas mãos e repousa o seu queixo sobre ela.
- "No começo ela resistiu, inclusive me bateu e me disse uma ou outra merda, me olhava com desprezo e estava bastante irritada. Mas eu explodi dessa vez, não de uma forma agressiva e sim de uma maneira desesperada. Estava farto de tê-la perto mas ao meu tempo tão longe, foi uma mistura tão épica e no final nos dois desfrutamos." - ele estava atento a cada uma de minhas palavras analisando como eu estava contando.
- "Qual foi a reação de ambos depois de passarem por esse momento de luxúria?" - ele questiona.
- "Eu me senti pleno, satisfeito, tinha uma mistura de emoções. Ela no princípio chorou até pegar no sono, esperei que ela acordasde, tomamos banho juntos. Mas esse encontro marcou um antes e depois entre nós. Algo pôde surgir disso, não tenho certeza mas farei todo o possível para que isso seja real" - o doutor fica tranquilo meditando e isso me deixa impaciente.
- "Hannah não reagiu muito bem as suas mudanças. Você precisa tomar em conta que a forma que vocês se conheceram não foi a melhor forma. Sugiro que você não a force, deixe que as coisas aconteçam conforme a vontade dos dois, deixe que as coisas aconteçam naturalmente, não tente pressioná-la senão o fino fio que os une se romperá." - o velho fodidamente tem razão, mas não digo nada só mantenho em silêncio. - "Mas não se desamine, pelo menos vocês tentado interagir e deve melhorar a comunicação entre vocês, pode ser um pouco aborrecido mas verá a recompensa."
Ele faz outras perguntas as quais eu respondo sem pestanejar. Ele me perguntou como estou indo nas duas atividades que eu escolhi da folha com a lista de exercícios que ele me forneceu. Tenho feito aulas de boxer duas vezes por semana e levantamento de peso três vezes por semana por duas horas, não quero desperdiçar mais tempo.
Me despeço do doutor, ainda é cedo para ir pra casa, mas não tenho vontade de dirigir. Sinalizo para que o Luís se aproxime.
- "Vamos para o local onde vou abrir o clube. Quero ver se vai estar pronto para abrir em um mês e meio" - lanço as chaves do carro para ele e me sento no banco de trás.
Pego o meu celular e entro no Whatsapp e envio uma mensagem para Hannah.
"Como você está?"
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A Vingança 3: A Crueldade do Pecado (Completo)
Romance3° livro da Saga A Vingança Sinopse: Perdoar a si mesmo é um martírio, e ainda mais quando passa dia após dia e a pessoa que você mais machucou, agisse como se nada tivesse acontecido na sua frente.