** Capítulo 13 **

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Pov. Hannah

Perdoá- lo não foi fácil, vê-lo tão indefeso como se fosse um menino em busca de proteção, partiu o meu coração observá-lo naquele poço sem uma possibilidade de sair, eu tive compaixão dele, estendi a mão para ajudá-lo.

Dei uma oportunidade.

Ele a está desperdiçando e não acredito que consigo suportar. Cada palavra é dolorosa, isso é um tormento e paz as duas coisas de uma vez. De um momento para o outro muda tão drasticamente que me perturba e me faz duvidar de minha saúde mental.

As decisões que tomei nesses meses atrás foram desastrosas mas não devo ficar me lamentando já que já foram tomadas e não posso fazer nada.

Primeiro vou embora com Axel, para longe de Matt, Helena e Benjamin e em quase quatro meses não tenho noticias deles. Segundo me mudei de meu pais natal para um lugar que nem sequer conheço o idioma e por último, mas não menos importante, eu fico grávida outra vez.

Minha vida sempre será o mesmo? A culpada disso tudo sou eu, se eu apenas estivesse esperado não estaria nessa situação penosa.

Apesar dos problemas e inconvenientes era feliz, estava próximo dos meus filhos que é o mais importante da minha vida, mas algo escuro vem por trás da tranquilidade vem antes da tempestade, essa é torrencial ou pior do que a anterior.

Por que eu acreditei que dessa vez seria diferente e eu como uma estúpida me apaixonei por Axel. Tinha fé em suas palavras, em seus amostras de afeto, cedi aos seus desejos, que acabei me esquecendo das advertências físicas e mentais que o meu corpo me enviava.

Falhei com os meus filhos, com meu irmão e o que mais me dói é, que falhei com o meu pai, sou um fracasso.

Suportei insultos, desprezos e ódio, para no final me apaixonar pelo meu sequestrador.

Que patética eu sou!

Fiquei viciada pelos toque, sentia com gosto o seu calor, cada dose de sua fragrância é indescritível, todas as minhas emoções ficam embaralhadas.

Eu dependo dele.

É complicado aceitar os meus sentimentos, estou presa em um circulo cheio de masoquismo, sem amor próprio, cheio de dificuldades, problemas e acima de tudo autodominio.

Bipolar é pouco para definir as ações de Axel, mas ele só tem esse problema comigo, bom posso dizer que com os meninos não.

Voltamos ao inicio de tudo, a mesma história se repete, palavras venenosas, maus-tratos, ódio. Tudo dói mais que antes, não só dependo mais dos gêmeos também preciso dele.

Não posso negar que retorci o vinculo que criamos, é tão forte e macabro não tê-lo ao meu lado, pensar nos prós e contras, as amarguras e a meia felicidade impacta com força arrasadora.

Suas palavras ainda estão frescas em minha mente, sinto como se uma avalanche tivesse caído em cima de mim. O médico me falou que se eu sofrer outra crise como a de hoje, corro o risco de perder o meu bebê. Preciso urgentemente de paz ao meu redor.

Com cuidado me recosto na cabeceira da cama e coloco uma das minhas mãos no meu abdômen não tão plano. Esconder isso não seria nada bom, tenho medo, estou aterrorizada, minha vida esta em jogo e do meu pequeno que carrego em minha barriga.

- "Sinto muito meu pequeno" - acariciou com ternura a minha barriga.

Me lembro quando eu descobri que eu teria outro bebê me afundei um pouco mais,  pisco várias vezes para afastar as lágrimas, mas não surge efeito, as lágrimas escorriam livremente.

A Vingança 3: A Crueldade do Pecado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora