** Capítulo 10 **

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Pov. Axel

Instalado no paraíso, sentir a brisa do mar, a areia grudar nos meus pés, ver o amanhecer é uma delicia de rotina. É satisfatória e relaxante, não me arrependo de ter tomado essa decisão.

Depois de fazer alguns exercícios, apesar de ainda cedo meu corpo exige um banho. Manter um ritmo não é fácil, mas me ajuda a manter o meu controle mental.

Sem pensar muito tiro o casaco que uso para me exercitar o jogo na areia, ando até a água do mar. A água esta realmente fria mas agradável. Fico por uns quinze minutos, depois saio da água, recolho o casaco, vou andando até a casa e o jogo em umas das cadeiras que fica no deque.

Vou para o banheiro que tem acesso para o jardim para tirar a areia e a água salgada do meu corpo. Quando termino, pego uma toalha da estante e cubro a minha nudez.

A casa não é tão grande como a que temos no campo, tem dois andares, quatro quartos cada uma com o próprio banheiro, uma sala de estar enorme, entre outras coisas.

Abro a porta de correr e entro, o chão fica marcado pelos meus pés, subo as escadas e vou diretamente para o meu quarto. Vou até o closet e pego uma cueca boxer, uma calça confortável e uma camiseta preta. Já estou vestido, só falta calçar o sapato e secar o meu cabelo com a toalha. Seco o meu cabelo molhado, passo os meus dedos por algumas mechas as afastando dos meus olhos. Preciso de um corte de cabelo urgente.

Um profundo suspiro chama a minha atenção, viro a minha cabeça plantando os meus olhos sobre o pequeno corpo em cima da cama. Meu cabelo volta a cair nos meus olhos, isso já esta se tornando incômodo e insuportável. Deixo essa Merda pra lá e eu continuo a minha atividade.

Coloco uma meia fina nos meus pés e um pequeno gemido volta a tirar a minha concentração. Isso é algo fora do normal.

Caminho até a cama e me sento na beirada, descubro parte do seu corpo.

Sua pele se eriça diante do meu toque, a temperatura do seu corpo esta um pouco elevada.

- "Bom dia" - sua voz rouca por causa do sono me cativa.

Aqueles olhos azuis profundo sonolento me dão boas vindas e não pode faltar aquele pequeno sorriso, que me deixa como um completo imbecil.

- "Bom dia" - eu inclino a cabeça e roço os nossos lábios.

Mesmo que ela se incomode não me impede de fazer. Desde o dia que fizemos sexo mas a exatos sete dias temos dormido no mesmo quarto, trocamos um ou outro beijo, algumas carícias, mas não tivemos nenhum outro grande contato físico.

O fodido psiquiatra propôs que nos encontrássemos hoje, já que na semana passada eu estava envolvido com todo assunto relacionado a mudança, por isso hoje tenho que passar no seu consultório.

Hannah se endireita e encosta as costas na cabeceira da cama, ela faz um pequeno gesto de dor tenta esconder virando um pouco o rosto.

- "Você esta bem?" - eu seguro o seu rosto entre as minhas mãos para que ela responda a minha pergunta.

- "Sim, estou bem. Só estou um pouco incomoda." - ela volta a se mover, dessa vez seu rosto se desfigura por causa da dor. - "Deus."  - ela geme segurando o seu abdômen.

- "Fica deitada, vou buscar um comprimido para dor, logo você vai se sentir melhor."  - eu a ajudo a se deitar sobre o colchão e vou até o banheiro pegar o remédio. Espero que ela não adoeça, que só seja um mal estar, desses que as mulheres sentem naqueles dias.

Facilito as coisas para que ela tome o remédio e volto a repetir pra ela descansar. O que eu acho necessário.

Antes do sair do quarto coloco um tênis, passo para ver os meninos, apesar de ser apenas oito horas da manhã esses dois já estão acordados.

Troco as fraldas deles, ainda é muito cedo para dar banho neles, por isso pego eles no colo e os levo comigo para a cozinha. Os coloco em suas respectivas cadeirinhas, Jeremy como é de sua natureza começa a bater na mesa exigindo o seu café da manhã.

- "Quanto mais apressado você for mais o seu café da manhã vai demorar."

Talvez eu tenha perdido o juízo por esta falando com um bebé de sete meses como se fosse adulto.

- "Bom dia jovem Axel." - Maria entra na cozinha, vai direto onde os gémeos estavam e os enche de beijos, mimos e palavras carinhosas como todas as manhãs.

- "Bom dia" - eu digo sem mais nada a acrescentar.

Pego uma maçã, a corto em quatro pedaços, tiro a casca e dou as duas primeiras para Jacob e ele as pega com gosto e começa a dar pequenas mordidas. Jeremy por outro lado tenta pegar a comida do seu irmão.

- "Jeremy não" - eu o repreendo e ele fica quieto no seu lugar, seu lábio superior se junta ao inferior, sua carinha fica triste e o seu queixo começa a tremer. - "Merda!" - eu murmuro já que Jeremy esta prestes a começar a chorar.

Seus resmungos começam baixos, Jacob olha para o seu gémeo e estende o braço que ele segura o outro pedaço de maçã. Jeremy para o choro e começa a comer o pedaço de fruta que estava na mão do seu irmão.

Esses meninos são fascinantes.

Maria prepara o café da manhã, assim que ela termina coloca o café na minha frente e começo a comer com calma, enquanto Maria leva uma bandeja com o café da manhã para Hannah.

Olho para o relógio e vejo que eu já preciso sair, senão vou chegar atrasado na minha consulta com o doutor Rivira. Dou vários beijos nas bochechas dos gêmeos e eles soltam uma gargalhada gostosa.

Saio da cozinha, vou em direção da porta principal, vou para o meu carro e começo a dirigir.

A Vingança 3: A Crueldade do Pecado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora