** Capítulo 7 **

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Pov. Axel

Eu estava tão descontrolado que eu era como uma bomba que estava prestes a explodir.

As minhas mãos estão tremendo, estou confuso com vários sentimentos contraditórios que sinto, os meus instintos me atacam num momento de fragilidade.

Caminho sem rumo por um caminho desconhecido. Sou um puto idiota bipolar. Não posso com isso, terminarei destruindo tudo o que é o pra mim a segunda oportunidade que a vida me entregou em uma bandeja de prata.

Pego o meu celular e digito um número e no terceiro toque a pessoa atende.

- “Preciso te ver” - eu nunca pensei que eu fosse pedir a sua ajuda tão rápido. - “Sei que a essa hora você não está em serviço, mas...” - eu não chego a terminar de falar e ele aceita.

Desligo a ligação e olho ao redor, não reconheço esse maldito lugar. Ligo o GPS e coloco o endereço da minha casa, vejo que eu estou bem longe.

Ando durante um trinta minutos, entro no carro e vou em direção ao consultório do doutor Rivera.

Estaciono em frente só consultório do doutor Rivera. Eu ainda estou me sentindo bastante nervoso. A minha garganta está seca e eu engulo saliva constantemente mas não serve de nada.

- “Bom senhor Axel, deve ter acontecido algo bastante ruim para você está aqui no meu consultório, à meia noite.” - ele diz olhando o seu relógio de pulso.

- “Você precisa me ajudar, quero deixar de me sentir assim” - mostro as minhas mãos tremendo. - “Desejo com toda a minha alma, tirar essa vontade de acabar com tudo ao meu redor” - olho para ele fixamente desesperado.

- “Desde a primeira vez que eu te vi, sabia que tinha algo errado” ele coloca os seus óculos.

- “Maldito seja!” - eu digo com os dentes cerrados. O ritmo do meu coração está elevado, tanto que o meu peito dói, faço uma careta e o ar começa a me faltar.

- “Senhor Axel se acalme. Algo está te perturbando muito e o seu estado está piorando. Você está pálido. Como está a sua família?” - ele tira o seu óculos e o coloca ao lado do seu caderno de couro marrom.

- “Eles me odeiam, ela está colocando os meus filhos contra mim, não posso nem ficar perto deles que eles começam a chorar. Quando estão ao lado de sua mãe eu fico em segundo plano, como se eu não existisse. Sou o seu fodido pai! Estive lá quando ela os abandonou! O desejo de vê-la sofrer é tão intenso, estou descontrolado, minha resistência está por um fio.” - eu cubro o meu rosto frustrado.

- “Você quer fazer ela sofrer?” - ele pergunta.

- “Sim... Não, demônios! Eu não sei!” - exaltado eu despenteio o meu cabelo.

- “ O que você sente ao infligir dor na sua parceira?” - eu não respondo imediatamente e deito a minha cabeça no encosto do sofá.

- “Plenitude, prazer e satisfação. Um lugar que a minha mente retorcida me permite experimentar essas e mais qualidades. Cada grito, súplica, desespero e agonia é uma fantasia fenomenal. Eu me sinto poderoso com a dor alheia.” - eu olho para ele, as palavras saem com tanta sinceridade que me assusta.

- “Entendo Axel.” - ele diz devagar. - “O seu caso é parecido com outros que eu tenho tratado. Eu desenvolvi um método para se desfazer das frustrações, temores e essas más atitudes. No mundo anterior que você estava, as coisas que você faz quando está fora de si choca com as coisas ao seu redor. A mudança não acontece do dia para a noite, não é ruim você querer mudar, mas essa mudança não vai funcionar se cada vez que você se descontrola queira descontar em tudo e em todos a sua volta. E para que isso tenha efeito, as coisas têm que acontecer devagar. Algo que pode te ajudar a liberar essa força descomunal, essa frustração e esse descontrole é praticar algum esporte. Como levantamento de peso, karatê, boxe ou qualquer outro esporte que você achar melhor” - essa ideia não é tão ruim.

A Vingança 3: A Crueldade do Pecado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora