Pov. Hannah
Hoje foi um dia um pouco parecido com o de ontem, estar com as crianças me afasta de minhas angústias. Acho que quanto mais tempo passa o desespero é pior, preciso tirar umas férias ou algo para sair da rotina. Eu gosto do meu trabalho, mas me distrair um pouco não seria nada mal.
Ao sair do trabalho desvio o caminho para passar por outra rua para ir a um restaurante, onde a comida é deliciosa e barata. Além de ser um ambiente muito agradável.
Coloco a bicicleta na esquina do parque e coloco o cadeado. Quando passo pelas portas do restaurante, o cheiro de comida faz com que o estômago ronque.
Eu estou com bastante fome, me sento em uma mesa perto da janela e um garçom vem para pegar o meu pedido. Assim que ele traz o meu pedido, começo a comer, minutos depois termino a minha comida e me sinto satisfeita.
Decido aproveitar do lugar para ler um pouco, pego um livro que eu já estava lendo, falta apenas umas vinte páginas para terminá-lo. Estou muito entretida com as palavras que leio da autora, ela sabe como descrever bem os sentimentos de cada um dos personagens é como ir em uma montanha russa de emoções. é indescritível.
Alguém limpa a garganta e eu levanto a cabeça, e a primeira coisa que eu vejo é o sorriso que ele me mostra.
- "Espero que você não se irrite, o restaurante esta um pouco cheio e a mesa que esta menos ocupada é essa." - sua voz é tão suave, forte e rouca.
Essa é uma combinação que eu poderia ficar horas escutando e eu não me cansaria.
- "Pode sentar" - eu digo tentando retomar a leitura, mas seus olhos não me permitem é tão enigmático igual a...
Pode parar Hannah, isso é produto da sua imaginação, não pode fazer isso aqui e muito menos com um desconhecido. É só uma brincadeira da muito mal gosto que o seu cérebro esta fazendo com você.
- "Não vai te incomodar?" - ele puxa a cadeira e eu balanço a cabeça negando. - "Tem certeza?" - ele insiste.
- "Sim, pode ficar a vontade."
Eu leio várias vezes a mesma linha mas não entendo nada. Deixo o livro sobre a mesa e esfrego os meus olhos, passo a mão nervosamente pelo meu cabelo e coloco várias mechas do meu cabelo atrás da orelha. A presença desse senhor me deixa alterada mesmo que ele tenha sido amável comiho, nem sequer consigo olhar para ele por um determinado tempo.
- "O que você acha de tomar alguma coisa? Um suco, chá, café, um chocolate quente ou talvez um vinho?" - eu olho diretamente em seus olhos.
Oh meu Deus, se isso é um dos meus sonhos quero acordar neste momento! Isso tem que ser uma brincadeira de muito mal gosto, eu não o respondo, fico apenas olhando fixamente para ele.
- "Você esta bem? Você esta pálida, beba um pouco de água." - ele me passa um copo de água e eu peguei como se estivesse em um cativeiro e me proibiram de tomar esse liquido. - "Você está melhor?" - eu assenti.
- "Desculpe, acho que eu tive uma queda de pressão ou de açúcar, se me desculpar eu preciso ir agora." - pego a minha bolsa, deixo o dinheiro da conta, pego o livro e o coloco dentro da minha bolsa. E antes de ir, me despeço dele com um sorriso envergonhado.
- "Senhorita acho que você deve ficar um pouco, pode acontecer algo se você for assim nesse estado. Espere pelo menos cinco minutos até que tudo esteja bem, e se continuar assim posso chamar uma ambulância ou te levar para o hospital."- a preocupação refletida em seu rosto faz com que eu desista de abandonar o lugar. - "Tome mais um pouco de água, vou pedir algo que tenha açúcar." - ele se levanta deixando a sua comida intacta sobre a mesa. Eu sequer o conheço, mas ele é muito cavalheiro, eu fico olhando fixamente para um ponto inexistente.
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A Vingança 3: A Crueldade do Pecado (Completo)
Romansa3° livro da Saga A Vingança Sinopse: Perdoar a si mesmo é um martírio, e ainda mais quando passa dia após dia e a pessoa que você mais machucou, agisse como se nada tivesse acontecido na sua frente.