Porquê eu?
Sério porquê?
Tipo, porquê entre uns sete bilhões de gentes, eu.
Logo eu, o ser mais fácil de ser quebrado, quebrado que aqui significa fraco, talvez até frágil.Hoje uma pessoa que sinceramente não sou tão próximo, chegou e me falou:
- Sabe Vitor, naquele dia eu vi um outro você. Seu sorriso tava tão lindo, você parecia tão feliz, tão alegre. De um jeito que eu nunca pensei que você seria capaz de ficar. Você tava cantando, eu nunca o vi ou imaginei tal coisa.Eu pensei. E fiquei refletindo, como ou melhor o que as pessoas acham que eu sou. Pra ser sincero, talvez as pessoas a qual eu mostro meus textos, sejam os que mais me conhecem. Sequer meus amigos mais íntimos sabem tanto, mesmo do tão pouco que eu me abro.
Eu me vejo como em, aaaa, não sei explicar, basicamente eu sou uma porta, sobre o efeito de um poderoso feitiço, que quando as pessoas abrem a porta, ela apenas enxergam o que eu, o mago quer que ela vejam, no entanto, às vezes o mago se enfraquece, e o feitiço acaba, mas as pessoas continuam a ver apenas o que querem ver.
Eu fico pensando, talvez a magia não esteja nas portas, mas nas pessoas. Ao andarem na rua e se depararem com um mendigo, elas não pensam que talvez ele já tenha sido um cara consideravelmente importante, um professor, um médico, um empresário, às pessoas, ou a maioria, vêm o que querem ver, cada um é uma porta e o próprio mago, que engana aos outro, mas também a si mesmo.
Então sejamos àquelas portas de ferro, mas com uma pequena janela, que ao abrir possa entrar a luz, ou para que a luz saia.
Sejamos menos magos.Loki.
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Contos de meu eu
RandomUma série de pequenos contos, pedaços de um fragmentando eu. Alguns textos, poemas ou qualquer arranjo de palavras, sem qualquer responsabilidade, tamanho, lógica, somente alguns pedaços de meu ser. Alguns desabafos, expurgos de um ser intenso...