Quando você me ver, e logo de cara perceber que eu não estou bem, nunca, nunca mesmo, me pergunte:
-Você está bem?
Sério, se você se importar minimamente comigo, não pergunte, simplesmente chegue, e me abrace, um abraço longo, apertado, sem palavras, e diga:
-Acredite, tudo ainda vai ficar bem, tudo isso vai passar, viu?
Permita-me sentir teu abraço, teu calor, tua alegria.
Não me diga que isso é só uma fase, acredite não é, não fale relaxe, ou calma. Só cale-se ok? Cala essa maldita boca e me deixa falar, não tente me motivar, não desmereça minha dor, só cale-se e beije minha testa, me abrace, e me deixa falar.
Não peça que eu fale, só se cale, e se, se eu quiser falar, me abrir, se eu resolver confiar a ti meu eu. Não seje martelo que quebre o meu vidro, seja cola, que queira me consertar, seja fogo forte, para me remoldar em ti, e me fortalecer no teu calor, não seje frio, tão pouco quente de mais, não seje doce seja mais amargo, ou menos amargo e mais doce.
Caro alguém, apenas me queira perto de ti, aceite meu silêncio, mas não se conforme com ele, me pressione, mas nem tanto, só me agarra, me prenda em teu colo, e me deixa me sentir amado, me sentir querido, me sentir mais uma vez cheio.Anng.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos de meu eu
RandomUma série de pequenos contos, pedaços de um fragmentando eu. Alguns textos, poemas ou qualquer arranjo de palavras, sem qualquer responsabilidade, tamanho, lógica, somente alguns pedaços de meu ser. Alguns desabafos, expurgos de um ser intenso...