Capítulo 11

1.2K 243 46
                                    

POV JC

Joana volta para casa e a vida ao normal. Larissa consegue um trabalho em outra empresa, para agora trabalhar na área que sempre quis.

- O Marcus que me deu a dica. Ele trabalha na construtora Predial e soube da vaga.

- E como foi? Gostou? É muito diferente da firma de seu pai?

- Adorei, fui tudo tão divertido e diferente de quando estava na Menezes. Os engenheiros me receberam muito bem, me mostraram seus projetos, foi mágico.

- Não questionaram por que você não está mais na empresa de seu pai?

- Expliquei a situação e também minha necessidade de crescer pelos meus próprios meios, fora da sombra de meu pai.

- O Marcus trabalha no mesmo setor que você?

- Sim, e não sabia que ele era tão simpático e prestativo. Nos demos super bem.

- Precisarei fazer um estágio também para a faculdade, mas não sei como farei com meu serviço com meu pai.

- Ele ainda não aceita?

- Não e com tudo o que aconteceu com nossos irmãos e seu pai, está ainda mais convicto que não devemos sair de nosso lugar.

- Tenha paciência, logo ele verá quão talentoso você é.

A obra atrasou um pouco por conta dos últimos acontecimentos e será necessário trabalharmos por alguns sábados para voltar ao cronograma. Vejo pouco a Larissa fora do campus e meu coração aperta de saudade. No último trabalho em grupo, ela fez a minha parte, pois não consegui tempo.

- Que que foi, meu neto? Anda com a espinhela caída.

- Estou cansado, estamos chegando em época de provas e está muito puxado.

- Não desanime, menino. Você há de conseguir.

- Pensei que seria contra meus estudos, assim como meu pai.

- Não ligue para seu painho, ele é cabeça-dura, mas um dia lhe dará seu devido valor.

- Obrigada, vovó. E a Joana, passou bem o dia?

- Sim, um pouco empaxada depois de tudo o que comeu. Esse bebê é muito guloso.

- E o Pedro faz todas as vontades da mamãe, não é?

- Coitado desse menino. Gosta tanto da sua irmã e ela se deixou engambelar por aquele disgramado que só queria semvergonhagem.

- Ele se arrependeu, vovó. E sabe que ambos erraram.

- Eu sei, meu neto, tem razão. Tomara que agora ela crie juízo. E sua namorada?

- Com as provas na próxima semana, só nos vemos na aula, pois preciso estudar e trabalhar no final de semana. Já percebemos que não funciona quando estudamos juntos, pois esquecemos dos livros.

- De hoje a oito as provas terminam e vocês terão tempo de ficar juntos.

- Não vejo a hora, vovó. Estou com tanta saudade e até enciumado, pois ela tem passado muito tempo com o Marcus, nosso colega de sala, que trabalha com ela no novo emprego.

- Assunte bem, menino, se ela gosta de você, não será esse galego que vai te afastá dela.

- Está certa, vovó, é que ela é tão linda, e já percebi que o Marcus está interessado.

- Não se avexe, meu filho. Dá pra percebê que ela gosta é de você.

- Obrigada, vovó. Vou voltar para meus livros – dou um beijo em sua testa, grato por seu incentivo.

Sonhos e preconceitos - Livro 1 da Série SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora