POV JC
Joana volta para casa e a vida ao normal. Larissa consegue um trabalho em outra empresa, para agora trabalhar na área que sempre quis.
- O Marcus que me deu a dica. Ele trabalha na construtora Predial e soube da vaga.
- E como foi? Gostou? É muito diferente da firma de seu pai?
- Adorei, fui tudo tão divertido e diferente de quando estava na Menezes. Os engenheiros me receberam muito bem, me mostraram seus projetos, foi mágico.
- Não questionaram por que você não está mais na empresa de seu pai?
- Expliquei a situação e também minha necessidade de crescer pelos meus próprios meios, fora da sombra de meu pai.
- O Marcus trabalha no mesmo setor que você?
- Sim, e não sabia que ele era tão simpático e prestativo. Nos demos super bem.
- Precisarei fazer um estágio também para a faculdade, mas não sei como farei com meu serviço com meu pai.
- Ele ainda não aceita?
- Não e com tudo o que aconteceu com nossos irmãos e seu pai, está ainda mais convicto que não devemos sair de nosso lugar.
- Tenha paciência, logo ele verá quão talentoso você é.
A obra atrasou um pouco por conta dos últimos acontecimentos e será necessário trabalharmos por alguns sábados para voltar ao cronograma. Vejo pouco a Larissa fora do campus e meu coração aperta de saudade. No último trabalho em grupo, ela fez a minha parte, pois não consegui tempo.
- Que que foi, meu neto? Anda com a espinhela caída.
- Estou cansado, estamos chegando em época de provas e está muito puxado.
- Não desanime, menino. Você há de conseguir.
- Pensei que seria contra meus estudos, assim como meu pai.
- Não ligue para seu painho, ele é cabeça-dura, mas um dia lhe dará seu devido valor.
- Obrigada, vovó. E a Joana, passou bem o dia?
- Sim, um pouco empaxada depois de tudo o que comeu. Esse bebê é muito guloso.
- E o Pedro faz todas as vontades da mamãe, não é?
- Coitado desse menino. Gosta tanto da sua irmã e ela se deixou engambelar por aquele disgramado que só queria semvergonhagem.
- Ele se arrependeu, vovó. E sabe que ambos erraram.
- Eu sei, meu neto, tem razão. Tomara que agora ela crie juízo. E sua namorada?
- Com as provas na próxima semana, só nos vemos na aula, pois preciso estudar e trabalhar no final de semana. Já percebemos que não funciona quando estudamos juntos, pois esquecemos dos livros.
- De hoje a oito as provas terminam e vocês terão tempo de ficar juntos.
- Não vejo a hora, vovó. Estou com tanta saudade e até enciumado, pois ela tem passado muito tempo com o Marcus, nosso colega de sala, que trabalha com ela no novo emprego.
- Assunte bem, menino, se ela gosta de você, não será esse galego que vai te afastá dela.
- Está certa, vovó, é que ela é tão linda, e já percebi que o Marcus está interessado.
- Não se avexe, meu filho. Dá pra percebê que ela gosta é de você.
- Obrigada, vovó. Vou voltar para meus livros – dou um beijo em sua testa, grato por seu incentivo.
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Sonhos e preconceitos - Livro 1 da Série Sonhos
RomanceUm rapaz filho de um migrante nordestino que luta pelo direito de perseguir seus sonhos, apesar da desaprovação em sua própria casa. Uma garota que não aceita as imposições de seu pai e quer vencer por suas próprias qualidades. Serão capazes de supe...