Uma certa pedra de Tropeço chamada Amor

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Dentro de meu coração, no fundo de meu coração, uma pedra, pedra, pedra angular. Tal pedra serve de tropeços. Tal pedra chama-se amor.

Amor é humilhação. 

 Amor é detestável. 

 É incongruente. 

 É pusilânime.  

Amor é igual fumaças, fumaças a espalhar em capinzal, engendra cegueira cinza. Não consigo enxergar além de meus dias. 

Meus ossos ardem, ardem adentro maldita, maldita fornalha amor. Meus ossos grudam, grudam à pele, pele ao som do lacrimejar, lacrimejar dum colorido gemer. 

Fico machucado igual asnos selvagens dilacerado pela arca dentária dum leão famélico. Cada mordida e minha vida, minha vida se esvai.

Se esvai igual amor que espalha grãos de tropeço. Então a encetativo peço. Nunca deixe de regar a orquídea negra que pulsa dentro de mim.

POETIZA-ME OU TE DEVOROOnde histórias criam vida. Descubra agora