Memórias de um Escravo que só queria a Liberdade

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Ando com grilhões,

ando com máscara,

máscara de Flandres.

Me arrasto debaixo de látegos de iracundos pelas ruas racistas duma cidade cafuza, mameluca, mulata.Sol infernal a tostar meu lombo ensanguentado e o vira-mundo e a gargalheira que utilizo com frequência, denotam crueldade e adestramento daqueles que seguem o dito vil bom pastor e sua corja de anjos bom.

Estou no tronco e logo após vem o cepo.Não resisto e hoje sou apenas cadáver a ser comido por abutres,hienas,merdívoros.Quero ressaltar que sou livre pois veio a mim a abolição.


POETIZA-ME OU TE DEVOROOnde histórias criam vida. Descubra agora