*Capítulo 7 - O novo parceiro

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Um homem em frente ao computador buscava dados para investigar o e-mail que recebera de sua fonte conhecida apenas por Pato.

Eram nove e quarenta da manhã, ele sabia que o quanto mais rápido conseguisse entrar em contato com ele, suas possibilidades seriam de um por cento boas, já que Pato apesar de ser de confiança, não era muito de ficar integralmente conectado a e-mails, se dizia sortudo demais e que, pistas de assassinos, dos mais filhos da puta caíam para ele, como abelhas atraídas para o mel.

- Nicolas! - o chamou Oliveira, Capitão do Departamento de Polícia. - Venha até aqui.

O jovem policial achou estranho seu chefe lhe chamar tão cedo para uma reunião. Fechando rápido o e-mail, saiu apressado até a sala do superior.

- Senhor. - disse ele entrando na sala.

- Entre meu jovem. Tenho duas coisas para você.

Apesar dos seus 27 anos, Nicolas odiava ser chamado de jovem ou garoto, era como se fosse um moleque sem experiência. Mas retrucar seu chefe era algo que não iria querer fazer.

- Fique à vontade, quero lhe apresentar sua nova parceira!

Parceira?, pensou erguendo uma das sobrancelhas.

Nicolas entrou na sala sem ter notado a presença de uma mulher que olhava alguns livros na estante.

- Esta é Rebeca Wolkis, será sua nova parceira... já que o Patrick ficará afastado por uns tempos.

Rebeca com seus 38 anos, tinha olhar penetrante e enigmático - com certeza conseguiria obter qualquer confissão sem nenhum problema.

- Nicolas. - interveio o Capitão Oliveira interrompendo o cumprimento de ambos. - Quero que a leve para conhecer nossa humilde cidade.

- Mas...

- Considere isso uma ordem - soltou o comandante. - Agora saiam os dois da minha sala. - disse o chefe sentando em sua cadeira de couro marrom.

*

O carro da polícia cortava as ruas da pequena cidade, Nicolas dirigia desviando sua atenção mais para Rebeca do que para a rua. Durante todo o dia não haviam feito nada de importante que necessita-se da ação policial, apenas umas duas ou três ocorrências leves.

- Como pôde ver, não temos muitas coisas em nossa cidade para mostrar.

- Onde estamos indo agora? - indagou Rebeca molhando os lábios com um gole de água.

- Supermercado. Preciso comprar umas coisas... depois a deixo onde quiser. O tour pela cidade continua amanhã.

18:10 - BOM SUPERMERCADO'S

O supermercado estava cheio, Rebeca pensou que todos daquela cidade estavam fazendo compras naquele mesmo instante. Que monotonia, pensou.

Nicolas pegou uma cesta e ao olhar para o lado notou que Rebeca já havia sumido entre o aglomero.

- Próximo. - chamou a atendente do caixa assim que despachou mais um.

- Esse alguém vai ligar - falou Nicolas sobre os ombros de uma jovem que mexia no celular. - Ah... desculpe eu...

- Tudo bem. Não é meu... o celular sabe. Só estava querendo saber como faço para descobrir quem ligou.

- Você o roubou?

- Não, claro que não... É que...

- Ufa! Não queria prender uma moça tão linda, ainda mais hoje. - disse em tom irônico. - Sou policial.

Mônica sentiu o rosto corar até que uma mulher se aproximou.

- Adoro comer isso com o dedo. Quer um pouco? Adoro esses cremes de chocolate com avelã.

- Vamos Mônica, estamos atrasadas.

- Foi um prazer. - soltou Nicolas vendo a moça sumir de vista.

- Você não tem vergonha? - disse Rebeca depois de enfiar o dedo cheio do creme na boca. - Ela deve ter o que...? Dezessete anos? Humm... Isso aqui é muito bom. Você não quer mesmo? - indagou ela dando uma risadinha.

- Tem vinte. Quem sabe 21. Sou bom nessas coisas.

- Nicolas - disse Rebeca interrompendo seus pensamentos. - O meu carro, deixei ele na delegacia.

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