O Rastro de Cthulhu

Capítulo 4 - O confessionário

O que faz o rosto de uma pessoa ficar desse jeito? Um tiro? Uma explosão? Eu nunca tinha visto algo assim antes, e por isso resolvi me levantar e procurar algo que me ajudasse a descobrir, e assim que ergui minha cabeça, eu estava em um lugar diferente, parecia ser uma catedral, era imensa, vários assentos, e um altar na frente de tudo e acima do altar, estava um homem de costas para mim. Eu não estava entendo mais nada, então decidi caminhar até o ser estranho.

Quando subi as escadas do altar, o senhor virou para mim, parecia ser um padre, já que o mesmo estava vestindo uma batina.
- O que faz aqui, meu filho? - Ele me questionou.
- Eu não sei onde eu es...
- Creio que veio confessar seus pecados - O mesmo me interrompeu - É só me acompanhar.

Eu ainda estava tentando entender a situação, então resolvi seguir ele até o confessionário e ele, por sua vez, abriu a pequena porta de madeira, fazendo um sinal para mim. Eu entrei naquele pequeno recipiente, fechei a porta e no local que estava no meu lado, entrou o homem e disse:
- Por onde deseja começar?
- Orgulho. Eu sou extremamente orgulhoso, sou o melhor detetive do meu distrito e todos sabem disso. Pronto, é o suficiente. - Eu nunca fui religioso, então queria sair dali o mais rápido possível.
- Você pode se sentir um ótimo detetive, mas nunca estará próximo de ser o melhor - A voz do padre não era mais a mesma, ela era bem jovial, estava por todos os lados
- Quem é você? - Perguntei ao homem.
- Eu? Quer mesmo saber?
- QUERO!! QUEM É VOCÊ? - Eu estava perdendo minha sanidade, e então, um frio se adentrou no meu corpo.
- Eu tenho novecentos e noventa e nove nomes... Novecentos e noventa e nove rostos... Alguns foram dados pela sua espécie, e outro pelos meus irmãos... Alguns me chamam de "O Caçador no escuro"... Ou "O demônio negro"... Outros me chamam de "Caos Rastejante"... Mas se quer um nome de honra, pode me chamar de..

Nyarlarhotep.