Jason teve uma infância conturbada, já que sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 8 anos. Seu pai o obrigava a furtar bolsas em lojas, restaurantes, shoppings ou qualquer outro lugar, pois o mesmo dizia que o dinheiro era o único bem que o homem precisava possuir, e assim sempre foi para Jason, ele roubava itens de amigos, desconhecidos, ou qualquer outra pessoa.
Tudo se apagou na vista do jovem, que se viu em um cenário familiar, um beco onde dormia com seu pai quando criança, e um homem veio caminhando na direção de Jason, era o mesmo que vi na sala de aula, mas dessa vez, ele tinha o rosto do pai do rapaz.
- Filho, está na hora de pagar pelos seus pecados.
- Pecado? Que pecado?
- Sua avareza, qualquer objeto de valor significa muito mais que qualquer coisa para você.
- O senhor sempre me ensinou isso, se eu não entregasse valor a minhas coisas, você me mataria de tanto me bater.
O homem ergueu a mão na direção de Jason.
- Me dê as coisas que roubou hoje.
- Eu... Eu não roubei nada.
Jason começou a sentir uma dor imensa em seu peito, que fez o mesmo cair de joelhos sobre o solo imediatamente.
- Tudo bem, eu entrego.- O jovem colocou o colar de Taylor, que tinha a foto de seus pais, e também entregou o meu revólver, que havia furtado de mim quando estava separando a briga.
- Tem certeza que é só isso?- O homem perguntou.
- É apenas isso.
- Mentiroso...- Jason começou a sentir a dor em seu peito mais forte ainda, Jason estava tossindo e gotas de sangue saía de sua boca.
- O que mais roubou, Jason?
- Eu... Eu não roubei mais nada.
- Tudo bem... O seu pecado te corrompe. Eu não queria que fosse assim.- O homem ergueu o revólver na direção do rosto do garoto e pressionou o gatilho.Tudo voltou ao normal, Jason estava na frente do grupo, quando um buraco negro começou a surgir seu rosto.
- O dia do julgamento chegou.- Foram as últimas palavras do rapaz, até que o mesmo caiu contra o solo, sem rosto, sem seu sorriso, sem seus materiais, sem vida.Olhei em volta da sala, e dessa vez vi Denise, que estava com ambas mãos em seus olhos, e quando abaixou as mesmas, seus globos oculares não estavam mais lá, apenas possuíam dois pequenos buracos negros no lugar de seu lindos olhos, e soltou as seguintes palavras:
- Eu não mereço minha visão.
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O Rastro de Cthulhu
Misterio / SuspensoOs mistérios de Cthulhu ainda assombram aqueles que tentam o desvendar, e um detetive de 1949 foi uma das pessoas que teve sua curiosidade despertada por esses acontecimentos estranhos, e por isso resolve revelar a todos o que descobriu durante sua...