Capítulo 12 - Gula

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Josh teve um passado triste, já que seu pai era um morador de rua, os dois passavam frio, e principalmente fome. O garoto ficava dias sem comer, sempre tentava encontrar algum alimento nas latas de lixo, ou procurava alguma maneira de ganhar dinheiro, e ele conseguiu isso quando passou a cantar nas ruas, até que um dia seu pai foi preso por assassinato, mas na realidade, ele apenas estava no lugar errado e na hora errada. Ele entrou em um beco onde havia uma mulher que tinha sido baleada na barriga, e quando os paramédicos chegaram ela já não tinha mais vida, e o pobre homem, foi o culpado pela morte da mesma.
Josh cresceu e procurou algo que conseguisse cobrir o vazio que ele tinha em seu coração, e foi quando encontrou esse grupo, que o tratou como um irmão, deu comida, abrigo e até mesmo atenção para ele.

O cenário de Josh é uma cozinha velha, está vazia com um único cozinheiro, como já sabemos, o cozinheiro era o Caos Rastejante, que virou ao garoto com um prato de macarronada.
- Está com fome? Ou apenas quer comer esse prato por conta de sua vontade que nunca é satisfeita?
Josh segurou o prato, não acreditava que aquilo era real, já que nunca tinha comido um prato daquele.
- Anda, pode comer. Você sempre comeu a comida de seus amigos, isso é só para você.
Josh ainda sem acreditar, sabia que aquele tipo de comida estava longe de ser algo real, então estava resistindo a tentação.
- O que você quer? - Josh perguntou.
- Que você confesse o seu pecado.
- Apenas isso?
- Sim. Apenas isso.
- Tudo bem, eu não tenho nada a perder. - Josh colocou o prato sobre a bancada ao seu lado - Eu faço parte do pecado da gula, já comi muitas vezes os alimentos de meus amigos.
- Isso foi mais fácil do que eu imaginava.
Josh sentiu algo estranho em si mesmo, seus rosto estava diferente, sua boca não existia mais, tudo ao seu redor ficou escuro, e Josh estava novamente a nossa realidade.

Ficamos olhando para ele, mas só víamos um buraco negro em sua boca, e não escutávamos nenhuma palavra vinda dele.

Todos passamos por aqueles cenários, exceto uma única pessoa: Taylor.
Pela primeira vez eu vi a capitã com medo, ela tremia, e de repente, sua perna esquerda foi se tornando um buraco negro, e apenas nos disse uma coisa:
- Eu não temo mais a morte. A morte deve me temer.

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