Descemos do carro, eu estava ajudando a Taylor, enquanto Josh ia guiando a Denise. Fomos caminhando até o lugar onde o corpo estava, mas no meio do corredor, Denise começou a chorar e o Josh estava tentando acalmar ela, então eu e a Taylor resolvemos seguir em frente.
Nós chegamos no apartamento, abrimos a porta, Taylor estava com um revólver em sua mão, e eu estava com um em minha mão também. Nós encontramos um homem, ele estava de costas para mim, vestia um terno preto. Ele se virou para mim e disse:
- Estava esperando vocês.
- Por que você fez isso? - Taylor questionou ele.
- O ciclo sempre permanecerá. As pessoas que sabem da nossa existência, devem ser limpos de alma, pagando pelos seus pecados.
- E por que você matou alguns de nós? Ou tirou olhos, braços, olhos e até mesmo a boca dos nossos?
- Não adianta apenas confessar seus pecados, pois vocês não aprendem... Vocês humanos têm o instinto de mentir, e apenas aprendem alguma lição quando perdem algo, sendo esse "algo" algo material ou até mesmo psicológico. Aqueles que morreram, não confessaram seus pecados, já vocês, se curvaram perante a eles.
- E por isso merecemos viver?
- Em momento algum disse isso... Aliás, se vocês saírem daqui, serão internados ou presos, pois seriam a única explicação para as mortes que aconteceram. Por esse motivo, acredito que irão preferir a morte ao invés de permanecer nesse mundo sujo. - Assim que o Homem terminou a frase, escutamos dois disparos vindo do corredor. - Está vendo? Seus amigos chegaram a essa conclusão antes mesmo de vocês.
Taylor começou a chorar, eu vi a tristeza, o medo e a solidão em seus olhos.
- Seu pai foi corajoso por ter confessado o pecado dele, mas infelizmente teve o mesmo fim dos seus amigos. Já sua mãe, preferiu manter aquela dor dentro dela, e por isso, mereceu morrer.
- Por que? Por que? - Taylor perguntou enquanto estava chorando.
- Eu já te expliquei, garota.
- Eu nunca vou me desculpar pelo que aconteceu, eu precisava ter protegido meu grupo.
- Eu posso te ajudar com isso. - Ele colocou a mão em sua cintura e pegou uma pistola e apontou na minha direção, eu então ergui a minha e pressionei o gatilho assim como ele. Meu disparo acertou o peito direito do êmulo, já o dele, não me acertou.
- Você está louco? COMO AJUDARIA ALGUÉM MATANDO A ÚNICA PESSOA QUE RESTOU A ELA? - Eu questionei ele.
- Eu consegui o que queria... - Ele então riu.
Eu olhei para o lado, e o disparo acertou o peito esquerdo da jovem garota, que caiu no chão enquanto respirava fundo. Eu perdi o controle e fiz mais dois disparos no homem, acertando um em seu pescoço e o outro em sua testa, fazendo um líquido preto se espalhar por todo o lugar. Eu então me abaixei e tentei ajudar a Taylor a não perder tanto sangue, mas não foi o suficiente. Depois de alguma horas ela estava morta ali no chão, e eu ouvi algumas sirenes, eram os oficiais, que entraram no edifício e me prenderam por genocídio, e me condenaram a pena de morte. E aqui estou, prestes a ser enforcado enquanto conto a todos vocês o que aconteceu, mas não vai adiantar, aliás, todos acham que sou um psicopata.
- Ele é um psicopata, a pena de morte será aplicada. - Disse o policial que estava ali próximo a mim. - Tem direito a suas últimas palavras.
- Certo... Independente do que acontecer... Nunca sigam o Rastro de Cthulhu.
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O Rastro de Cthulhu
Mystery / ThrillerOs mistérios de Cthulhu ainda assombram aqueles que tentam o desvendar, e um detetive de 1949 foi uma das pessoas que teve sua curiosidade despertada por esses acontecimentos estranhos, e por isso resolve revelar a todos o que descobriu durante sua...