23.1 | oral

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o capítulo terá duas partes porque eu realmente queria postar hoje mas acho que não vou dar conta de terminar ele (que ficaria bastante grande), então a primeira parte é essa daqui e a segunda sai amanhã.

depois de demorar tanto pra postar,,,,,,,, três dias seguidos de att CAN I HEAR AN AMEN

ENJOY IT!!!
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Uma vez no quarto de Michael, os dois começaram a conversar sobre assuntos aleatórios - ou melhor: Mike falava e Luke escutava com um sorriso ladino, fazendo um comentário sarcástico vez ou outra. Clifford sabia que o anjinho já sabia da maioria das coisas em sua vida, mas gostava de falar abertamente sobre com alguém.

— E, bom... teve essa vez que você não estava por perto... — foi a frase necessária para deixar Hemmings bastante tenso, se perguntando se havia deixado Mike sem segurança alguma vez.

— Aconteceu algo com você? — perguntou, adotando uma postura mais séria. Relaxou apenas quando o telepata balançou a cabeça negativamente, um sorriso pequeno surgindo no rosto.

— Não... um cara me chamou para sair. — comentou, olhando para as mãos sobre as pernas — E eu me assustei, de verdade. Você foi o primeiro cara que... que... hm, despertou meu interesse.

Luke soltou uma risada baixa.

— Eu já sabia disso. Vocês saíram. — comentou tranquilo, escondendo o fato de que ficou bastante incomodado assim que soube daquilo.

— Como você sabia? — o telepata perguntou.

— Eu não estou mais trabalhando sozinho, Mike. Tenho um anjo, um demônio e um anjo caído comigo. — explicou. Michael o fitou com desconfiança.

— Como você conseguiu convencer eles a se juntarem a você? São seus namorados ou algo do tipo? Se apaixonaram por você? — disparou, arrancando uma gargalhada do loiro.

— Não... são só pessoas de confiança, Mike. Amigos que fiz no decorrer dos anos em que vivi. — ainda estava rindo um pouco, mas se acalmou com o tempo — De qualquer forma... me conte como foi seu encontro.

— Pra que? Você já sabe.

— Eu só sei que vocês saíram, não quis que Ashton me contasse o resto.

— Ashton?

— O anjo.

— Hm... e por que não quis? — perguntou, curioso.

— Não sei. Imaginei que era algo pessoal seu e talvez você não queria que eu soubesse. — deu de ombros.

— Bom, então acho que vou ter que te contar o maior mico que paguei na vida, facilitaria se você tivesse ouvido de outra pessoa. — o colorido falou com um sorriso sem graça, já sentindo as bochechas arderem — Bem... pedimos comida no KFC e fomos comer no parque, conversamos muito e eu até que gostei bastante dele, sabe? — murmurou e Luke desviou o olhar, um pouco incomodado.

— Sei.

— De qualquer forma... nos beijamos no final de tudo. Já estava tarde e não tinha ninguém no parque, então eu não preocupei com os olhares tortos nem nada do tipo porque, acredite, ainda existe muito preconceituoso nessa cidade de merda.

Estava claro que Michael procurava fugir do assunto antes de chegar ao foco.

— Michael?

— Hm... ok. — Mike abaixou o olhar, sentindo o rosto arder com tamanha vergonha — Eu pedi pra chupar ele! — Luke arqueou as sobrancelhas, surpreso, antes de desatar a rir.

Estava queimando de ciúme, mas felizmente era ótimo escondendo sentimentos.

— E por que você estava com vergonha disso? Por acaso mordeu o pau dele ou algo do tipo? — brincou, se surpreendendo quando Mike riu e balançou a cabeça negativamente.

— Eu queria ter mordido o pau dele, porque isso significaria que pelo menos eu consegui passar da fase de colocar na boca.

— Era grande assim? — perguntou, fazendo Michael arregalar os olhos.

— Quê? Não! Nossa... não! — soltou uma risada nervosa — Eu só não consegui... não me senti pronto.

— E por que isso te envergonha? É normal, sabe? Você não pode se sentir pressionado a fazer certas coisas, sweetie. Eu tenho certeza de que ele entendeu e, quando você se sentir pronto, ele vai adorar caso você ligue de novo. — piscou, não acreditando que estava dando conselhos para Clifford chupar outro cara enquanto seu sangue fervia com um sentimento muito ruim.

— O problema, Luke, é que... enquanto eu não me sinto pronto para chupar ele, eu pensei varias vezes no quanto adoraria te chupar.

O silêncio que preencheu o ambiente durou cerca de cinco minutos; Luke sentia uma satisfação clara tomando conta de seu corpo, seu ego inflando de forma incomparável. Michael se sentia estúpido por ter falado aquilo, imaginando que talvez Hemmings só tivesse o beijado uma única vez por pena.

O anjo caído continuou quieto por um tempo, absorvendo a informação e o que poderia fazer com ela, até que Mike se levantou e caminhou até a porta, alegando que iria beber um copo d'água.

Sweetie... — chamou, calmo. Michael parou com a mão na maçaneta da porta e não se virou, tenso — Vem aqui.

Foi necessário puxar o ar com força para se acalmar e então se virar para Luke, ficando surpreso com a proximidade do anjo. Não conseguiu pensar duas vezes antes de sentir a mão do mais alto em sua nuca, o puxando para um beijo.

Ambos suspiraram em conjunto, se enchendo de sentimentos diferentes e, ao mesmo tempo, iguais.

O anjo caído não demorou muito tempo até levar a mão até a cintura do telepata, puxando seu corpo até que ambos se chocassem com força. Michael soltou um gemido baixo, abafado, satisfeito; passara três meses lembrando do beijo que trocaram, mas suas lembranças nunca se comparariam à realidade.

Partiram o beijo quando o ar faltou e trocaram um olhar demorado e intenso, lotado de sentimentos gigantes e desconhecidos. Luke parecia ter mergulhado completamente no que sentia enquanto Michael estava dominado por desejo, a vontade insana de mostrar para o seu anjinho que, por mais inexperiente que fosse, poderia fazê-lo ver estrelas.

E ele faria.

entre anjos e mais anjos • muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora