01 | o menino dos cabelos dourados

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verde: sensibilidade, capacidade de resolver problemas e de perdoar, autoconfiança. Indica saúde e vigor, pessoas que estão de bem com a vida.
verde escuro: indica ciúmes, insegurança, ressentimento e baixa auto-estima.

amarela: inteligência, poder de comunicação, supremacia da razão sobre a emoção. Capacidade de dar e receber, de realizar trabalhos em grupo.
amarela brilhante: medo de perder o controle, prestígio ou poder.

azul: saúde equilibrada, paz interior, bem estar, autoconfiança. Capacidade de cura por meio das próprias energias espirituais ou mentais.
azul escuro: medo.

vermelha: coragem, vitalidade, excitação, forte energia sexual. Prioriza-se o mundo material. Saúde estável com tendência à irritabilidade, ansiedade. Natureza implacável.

violeta: inspirações criativas, poderes mediúnicos, saúde, compreensão, mente equilibrada. Capacidade de transformar sofrimento em algo positivo. É a cor mais próxima do equilíbrio emocional, psíquico e espiritual.

preta: indica incapacidade de longo prazo para perdoar ou tristeza contida.

prateada: médium natural, capacidade de cura. O grande desafio é o autoconhecimento e compreender seus dons especiais.

cristal (névoa brilhante e branca): poder de cura, dons telepáticos, mediunidade, pureza, bondade. Presente em anjos.

ausência de aura: presente em demônios.

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primeira etapa
≈ introdução à guerra ≈
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Era sábado.

Como todo sábado normal na vida de Michael Clifford, os surtos de sua mãe começaram pela manhã logo cedo, o obrigando a tomar um banho, carregar o celular e sair de casa com a única intenção de passar o maior tempo possível na rua - em um lugar sem movimentação, de preferência.

Havia saído para andar com o cachorro de sua vizinha, Alfred - aquela peste com aura amarela e tons de vermelho que Mike já havia aprendido a gostar - na tarde anterior e acabou ganhando vinte dólares por ter ajudado a senhora Cowell.

Aqueles vinte dólares seriam bem aproveitados.

Agora o rapaz de cabelo vermelho estava sentado na lanchonete mais feiosa que achou, feliz por não ter ninguém ali além do atendente rabugento que não parava de pensar no quanto queria estar em casa transando com a namorada. Michael nunca tivera uma namorada e nunca transou com ninguém, logo não tinha opinião formada sobre aquele assunto.

Clifford já estava terminando de comer seu hambúrguer de soja quando, abruptamente, os pensamentos infelizes do atendente pararam de ecoar em sua cabeça. Mike levantou a cabeça, realmente assustado e curioso, e ficou confuso quando viu que o atendente continuava mal-humorado e não tinha saído do lugar.

Até ousou pensar que estava curado, mas era impossível, afinal, ainda podia ver claramente a aura avermelhada do homem.

Não fazia sentido algum.

Menos de cinco segundos depois um rapaz entrou no local, os cabelos dourados e longos caindo em cachos por seus ombros, o dando um ar angelical. Michael piscou, realmente besta com a beleza do homem, e só depois percebeu que nenhuma cor o cercava.

Nenhuma cor. Nada.

Era como se ele não tivesse aura alguma.

— Bom dia, Daniel! — o homem com aparência de anjo cumprimentou o atendente, que sorriu um pouco — Vou querer um sanduíche de frango com suco de limão. Pra levar. — falou, já estendendo o dinheiro para Daniel.

— É pra já. — o atendente respondeu após anotar o pedido, entregando na janela que dava para a cozinha — Ei, Hemmings! — chamou, o que fez Michael deduzir o óbvio: eles se conheciam — Encontrou quem você estava procurando?

— Infelizmente não, estou quase desistindo. — suspirou, encostando-se no balcão enquanto esperava a comida.

Seu ar era descontraído, leve, e foi por isso que Mike não deixou escapar o momento exato em que o loiro enrijeceu as costas e prendeu a respiração, parecendo se dar conta de uma coisa.

Hemmings, que era o que Michael acreditava ser o sobrenome dele, virou a cabeça calmamente até que fixasse os olhos no rapaz de cabelo vermelho. Um sorriso um tanto perverso surgiu no rosto do loiro, tirando toda a ideia de anjo que Clifford criara até aquele momento.

— Aqui está, Luke. — ambos, Michael e Luke, acordaram com a voz de Daniel.

Michael estava assustado.

Luke estava terrivelmente feliz.

— Obrigada, Danny. — pegou o saco e o copo da mão do amigo — E, só pra te atualizar: eu acho que encontrei quem eu procurava.

E então o menino dos cabelos dourados foi embora.

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primeiro capítulo, finalmente! espero que estejam gostando, de verdade *u* qualquer coisa podem reclamar comigo.

entre anjos e mais anjos • muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora