17 | tortura

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oi, gente! pra quem estava com dúvida: o capítulo anterior NÃO foi bug do wattpad. vocês vão entender nesse daqui uwu
desculpem o tamanho do capítulo, tá enorme!!! mas é importante
boa leitura
e bem vindos ao inferno.
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Noite anterior.

Luke saiu da casa de Michael com um sorriso safado no rosto, feliz por ter provado seu ponto e mais feliz ainda por finalmente ter beijado aquela boca que havia o deixado insano desde a primeira vez em que a viu.

Entrou na casa da senhora Cowell, a vizinha de Mike que havia abrigado o loiro, e franziu o cenho ao não ser recebido pelos rosnados de Alfred, levando em consideração que o pequeno cachorro o odiava.

Cachorros eram realmente sensitivos.

— Rosa? — Luke chamou, não obtendo nenhuma resposta ao mesmo tempo em que se concentrava e sentia a presença de dois demônios na casa. Respirou fundo e relaxou o corpo, mas estava puto.

Não acreditava que teria que passar por aquilo após ter um momento incrível.

Não demorou muito até que sentisse quatro braços o segurando e então ele já não estava mais na casa de Rosa ou no bairro em que Clifford morava. Estava de volta ao Inferno e pôde identificar aquilo pelos gritos de agonia que ouviu em alto e bom som, por mais que estivesse numa sala vazia.

Os dois demônios o prenderam numa cadeira, o que arrancou um revirar de olhos do loiro. Aquilo não era capaz de contê-lo, mas ele fingiria que sim para saber qual o propósito de tudo aquilo.

Se o quisessem morto, teriam o levado direto para Lúcifer.

— O que vocês querem? — perguntou, sem tempo para qualquer brincadeira. Estava sem paciência e não queria passar mais do que duas horas ali.

— Os anjos estão satisfeitos com você, Luke. — um dos dois, o ruivo com uma cicatriz no rosto, falou — Eles acreditam que você está protegendo Michael para eles, mas temos uma proposta melhor.

— Eu estou protegendo Michael para eles. Não estou interessado em proposta alguma. — cortou de início, levando um soco em resposta. Rosnou, mantendo em mente que daria o troco no momento em que resolvesse se libertar.

— O Inferno está disposto a te aceitar de volta, anjinho. — o outro, moreno, falou com desdém. Costumavam usa-se o termo anjo para rebaixar Luke.

— Vocês acham que eu sou burro? Eu já fiz parte daqui, eu sei que vocês mentem e que vão me matar no mesmo momento em que eu entregar Mike para vocês. — cuspiu, engolindo em seco ao ver os objetos de tortura que um dos dois demônios começavam a tirar de uma mala.

— Você vai morrer se não nos prometer lealdade.

— Eu não vou. — afrontou — Vocês sabem que os anjos estão atentos e que, se eu morrer, não vai ser apenas um anjo caído que vai o proteger, mas sim o céu inteiro. — molhou os lábios, estava com a razão naquele momento.

O ruivo se aproximou segurando duas barras de ferro e, com um sorriso no rosto, soprou:

— Queremos que você cuide de Michael, finja que está do lado dos anjos e, no momento certo, o entregue para nós. Você aceita?

— Não.

Sentiu a barra de ferro, que agora percebeu estar fervendo, atravessar a carne de sua barriga. Apertou os olhos com força, jogando a cabeça para trás enquanto urrava de dor.

— Você aceita?

Não.

[. . .]

— Você aceita, Luke?

entre anjos e mais anjos • muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora