31 | a vida de ashton irwin

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Desculpem a demora!!! De verdade. É que estamos na reta final e eu estou DESESPERADA AAAAA!!
Esse capítulo é kinda focado no Ashton, por isso tão curto.
Só mais quatro capítulos até o fim de EAEMA! Obrigada por fazerem parte dessa jornada.
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Um sorriso cortou o rosto sério que Ashton sempre lutava para manter, lembrando de todos os momentos de sua vida até o atual.

Sua cabeça doía e sua visão estava embaçada, mas ele se permitiu afundar-se naquelas memórias.

O loiro era o anjo da guarda de uma garota chamada Karina e, é importante ressaltar, ela era a pessoa mais incrível que havia cruzado a vida do soldadinho do céu.

Ashton era um anjo exemplar; nunca questionava, acatava todas as ordens e muitas vezes era até visto como um ser cruel. Nunca ligou, não ligou por muitos milhares de anos.

Até ser designado para proteger a menina.

Passou muito tempo lutando contra todas as suas vontades e sentimentos, preocupando-se apenas em salvar a morena em todas as vezes em que ela se enfiava em coisas perigosas. Ou todas as vezes em que ela tinha suas crises de baixa autoestima e alguns outros problemas que ele tanto se empenhava para fazer melhorar.

Até que Luke surgiu com sua ideia de criar um exército próprio, onde eles lutariam por liberdade e poderiam seguir seus próprios caminhos, sem medo.

Ashton teve seus dias; no início, não sabia por qual caminho deveria seguir. Reviu todos os seus princípios, pensou em toda a sua história, todo o seu trajeto de vida e, após travar uma guerra consigo mesmo, ele aceitou.

Afinal de contas, Calum também faria parte daquilo.

Calum, seu melhor amigo desde sua criação.

Seu companheiro desde sempre, a pessoa que sempre o entendeu e batalhou ao seu lado. Eles eram unha e carne, inseparáveis. Uma dupla perfeita.

E então o moreno caiu.

Ashton não iria mentir; esperava pela queda de seu amigo. Só não esperava a dor e a desconfiança que cresceram dentro de si diante da mesma.

Nunca mais puderam se falar, até porque seria absurdo um anjo ser amigo de outro caído, até Luke surgir com o exército e, com brigas e desavenças, Calum e Ashton perceberam que ainda eram irmãos.

Tiveram esses momentos em que não havia muito o que fazer, então os dois se sentavam e contavam tudo o que havia lhes acontecido durante todo o tempo. Ashton mostrou, de longe, Karina para Calum, que prontamente disse que o loiro não podia fingir que não a amava.

Como sempre, eles se entendiam.

O anjo rebelde que cansou de seguir ordens do céu e o soldado perfeito que havia se apaixonado por uma mulher proibida.

Montaram seus planos: assim que a guerra terminasse, Ashton iria atrás da mulher. Abriria mão das asas e tentaria viver uma vida normal, como um humano.

Calum deixaria o inferno, mas nunca abriria mão de seus poderes. Andaria pela terra e mares, mas viveria da forma que sempre julgou correta.

E agora eles estavam lá, no Inferno, prontos para salvar o irmão que fora absurdamente machucado e proteger o telepata que tinha os princípios confusos.

Ashton gemeu de dor ao massagear a cabeça, finalmente acordando dos devaneios que a provável concussão havia causado.

Olhou para o lado, vendo Calum caído ao seu lado, e tomou impulso para levantar. Estendeu a mão para o moreno, que parecia desnorteado.

— Vamos, irmão, temos um trabalho para terminar.

entre anjos e mais anjos • muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora