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Lights 47

Po.V. S/N

Jimin não me olhava. Não olhava para nada, na verdade. Apenas se encolheu em posição fetal e ficou lá, isolado do mundo. Não chorava nem falava, não se mexia nem se comunicava. Uma hora inteira e Jimin não se mexeu.

Aquele silêncio estava me matando, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Ele estava travando uma guerra na própria mente. Não pude fazer nada para impedi-lo de morrer em combate.

A enfermeira nos pediu que sentássemos nas cadeiras de espera para liberar a passagem do corredor, mas Jimin não se movia de jeito algum. Foi esforço para dez homens fazê-lo se sentar em outro lugar.

Os ponteiros do relógio andavam e nada acontecia. Eu não estava entediada, mas era um vazio incômodo e doloroso. Cada tic tac do ponteiro de segundos era uma pontada em meu cérebro e uma lágrima a mais na fila para ser escorrida pelo meu rosto. Estava ficando louca.

Jimin subitamente levantou o rosto sem expressão e percebi que havia uma enfermeira em pé com feições preocupadas. Ela dissera algo muito grave para tirar Jimin de sua transe. O garoto se levantou parecendo desesperado e saiu correndo.

— Hã, me desculpe– me virei para a enfermeira– Eu não prestei muita atenção, o que você disse para ele?

Ela suspirou com rosto tenso.

— O pai dele teve uma parada cardíaca.

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Me apressei para alcançar Jimin. Ele estava parado na janepa da UTI olhando o pai conectado com milhares de cabos ligados a máquinas. Aparentemente não expressava nada, mas eu o conhecia. Sabia que era como se estivesse presenciando o apocalipse por dentro.

Uma guerra constante em sua própria mente.

— Jimin, você está bem?

Ele virou a cabeça lentamente até que encarasse meus olhos. Entendi o porquê. Seus olhos estavam vermelhos e marejados, as sobrancelhas tensas, a garganta fraquejando e ameaçando a desabar em soluços e lágrimas. Ele não precisou dizer nada. Se virou novamente para a janela.

Sem pedir permissão e com medo de que fosse a coisa errada a se fazer, o abracei por trás em sua cintura e apoiei minha cabeça em suas costas, apertando forte meus braços em volta dele.

Esperei sua reação com medo. Talvez ele dissesse que estava tudo bem e esconderia o que sente. Talvez ele ficasse furioso.

Surpreendentemente, senti solavancos. Ele estava chorando.

Como um garotinho assustado, ele se virou e escondeu seu rosto em meus cabelos, me abraçando forte e desabando em soluços. Me aconcheguei em seus braços e apertei maus forte seu corpo contra o meu. Deixei Jimin chorar em mim até não aguentar mais.

Pude sentir o coração dele. Seus batimentos eram intensos. Tenho certeza que se me afastasse, continuaria a ouvi-los.

— S/N, você não vai me deixar, não é?

Sua voz estava melosa e completamente triste. Se assemelhava a uma criança insegura no meio de uma multidão.

— Claro que não, Jimin-ah.

O apertei um pouco mais e seus braços nos aproximaram ainda mais, se é que era possível. Seu choro se intensificou. Pude entender o pensamento dele.

Eu agora me tornei seu único porto seguro.

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Oi oi oi

Turubom com vocês?

Comigo não porque preciso de férias, muito obrigada :')

Estão gostando da fic? Ou já desistiram? Porque eu juro que as coisas vão melhorar (só não vai ser agora, paciência?

Desculpa a falta de frequência, tô bem cheia com a escola com tanta prova. Pra vocês terem noção, tive que acordar cedinho no sábado pra estudar porque tinha prova segunda. Ne fim de semana a gente tem mais -_-

Mas enfim, isso não é culpa de vocês. Vou tentar escrever mais rápido 😊

Kissus 💙

Lights •°:*Jimin+ S/N*:°•Onde histórias criam vida. Descubra agora