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Lights 49

Não aguento mais.

Mesmo depois de voltar para Seul, Jimin não demonstrou nem um indício de que havia começado a superar. Simplesmente passava o dia todo deitado na cama. Jungkook falou que de vez em quando ele nem comia. Nem quando levava pizza para ele. Isso é uma coisa séria, Jimin não recusa comida.

O pior é que eu não podia ficar com ele toda hora, pois tinha que trabalhar. A empresa dele o deu dois meses de luto, mas eu ainda tinha que trabalhar, assim como Jungkook. Todos os dias voltava para o apartamento dele correndo para ver se estava bem, todos os dias preocupada. Estava me deixando louca.

— Jimin não vai se levan...

— Não.

Nem se preocupou em ao menos ouvir o que eu tinha para falar. Já tentara milhares de vezes conversar, mas tudo o que ele fazia era olhar para o nada e fingir que não ouvia.

Até que eu explodi.

— Jimin, faça o favor de comer algo. Eu fiz omeletes– sorri tentando animá-lo.

— Não quero.

— Mas você não come há dois dias!

— Não estou com fome.

— Pelo menos tome um copo de...

— Não estou com sede.

— Não perguntei.

— Quem é você? Minha mãe?

Meu rosto já estava vermelho.

— PARK JIMIN, VOCÊ VAI COMER UMA OMELETE AGORA!

Ele me olhou ainda sem expressão e me encarou por alguns segundos. Depois, levantou e andou desleixadamente até a cozinha. Cada passo seu parecia um passo que eu me aproximava de alguém perigoso.

Como alguém que não quer nada, ele parou em minha frente bem colado a mim e me olhou de cima. Seu braço se moveu e nossos rostos se aproximaram. Pensei que fosse me abraçar ou me beijar, mas seu braço contornou meu corpo e pegou o prato atrás de mim. Nossos rostos ficaram bem próximos e percebi o quanto eu sentia falta de seus beijos. Pelo visto, ele apenas me provocaria por muito tempo.

Ele me deu as costas e andou até o sofá novamente. Deu três garfadas e jogou o prato na mesa. Se sentou na ponta do sofá, entrelaçou as mãos, apoiou os braços nas pernas e me olhou seriamente.

— Satisfeita?

Não consegui ter reação nenhuma. Minha boca se abriu e fechou várias vezes, mas nada saiu. Apenas murmúrios de surpresa. Ele se deitou e começou a jogar Resident Evil. Péssimo momento para Jungkook entrar na sala.

— Ei, hyung, posso jogar também?

— Não.

Ele foi bem seco e claro. O moreno o encarou com os olhos já marejados com lágrimas e cheios de tristeza e surpresa. Não havia conversado com Jungkook sobre Jimin ainda, mas eu sabia o que ele achava. O mesmo que eu.

Aquele não era Jimin.

Ofereci meu melhor sorriso ao garoto.

— Jungkook-ah, vou fazer omelete, quer que faça toddynho também?

— Claro, só... Um minuto e já vou te ajudar.

Ele correu para o quarto. Pensei em ir atrás, mas pensei melhor. Talvez ele só precisasse de um tempo para processar o primeiro"não" que Jimin lhe dissera.

Jimin, por outro lado, nem desviou o olhar para Jungkook.

Nem se importou em tê-lo feito chorar.

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Oi oi oi

Segundo capítulo do dia, dito e feito :)

Esse momento delicado do Jimin é a pior parte da fic, mas vai passar

Fighting!

Agora tenho que ir estudar porque por algum motivo eu tenho que terminar o ensino médio pra ser alguém (ainda que eu não vá usar função de segundo grau pra ser musicista)

Adeus

Kissus 💙

Lights •°:*Jimin+ S/N*:°•Onde histórias criam vida. Descubra agora