Baralho

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Os dias se arrastam à medida que tento procurar algum indício que me leve à Monik. A única coisa que sei sobre ela, é que é uma agente do FBI, que esteve por perto para me degolar quando menos esperasse.

E que é linda, gostosa, boa de sexo...

Não acredito que ela se submeteu a entregar seu próprio corpo para se aproximar de mim. Mas não posso julga-la, eu cobro para transar e não posso me dizer digno de algum respeito nesse sentido.

O que não me sai da cabeça - além do seu lindo rosto - é que ela disse que temos objetivos em comum. O que seria? Essa mulher ainda é um grande mistério e o que me deixa puto é que eu me deixei levar.

A verdade é que policial ou não, nunca, em vinte e sete anos, uma mulher mexeu tanto com a minha cabeça como essa deusa sedutora fez. Ela soube jogar direitinho e usou o sexo como arma. Bem, ela é poderosa e isso é admirável para mim.

Se ao menos o seu sobrenome eu tivesse, ou o seu codinome na polícia ficaria mais fácil de encontrá-la. Mas claro que ela não iria facilitar para mim, ela não é burra.

Sei que ela ainda me sonda. Quase consigo sentir sua presença. Ou será só os meus hormônios gritando pelas habilidades sexuais que possui? Acho que não tenho escolha a não ser esperar que ela apareça de novo.

Puta que me pariu!

Eu ligo para Dan e Andrew, peço para que venham até aqui. Eles que vão ter de dar um jeito de eu pôr novamente as mãos naquela maldita mulher.

Eles chegam por volta das sete da noite. Dan, como sempre, parece ter acabado de cair da cama, com essa cara de drogado em abstinência. Os olhos azuis grandes demais para o rosto magro, a barba por fazer, a pele pálida e o cabelo sujo. Ele é a sombra de um homem, mas mesmo assim, tem a mulher que quer na palma das mãos.

Andrew é tipo eu. Calado, reservado e mau humorado. Os olhos e cabelos negros, barba bem feita e bem cuidado. Assim como eu, é garoto de programa, mas me ajuda a repassar a maconha, ecstasy, MDMA e heroína que vendo.

Esses dois são meus melhores amigos, um é o meu braço direito, o outro o esquerdo e pensam por mim quando estou de saco cheio de alguma coisa.

Os convido ao meu escritório e nos sentamos para começar a conversa. Sou direto, porque odeio enrolação:

- Chamei vocês aqui porque preciso de ajuda para localizar uma mulher.

- Jack Carter correndo atrás de uma mulher? - Dan chia incrédulo e eu suspiro exasperado.

- Se me interromper de novo, encho sua boca de azeitona. - isso é o suficiente para fazer com que ele cale a matraca.

Prossigo:

- A única coisa que sei sobre essa desgraçada, é que se chama Monik e que é policial, uma agente secreta do FBI. Ela se aproximou de mim, sabe de todos os meus passos e está a ponto de entregar minha cabeça, e isso jamais pode acontecer.

- E o que quer que a gente faça, Jack? - Andrew pergunta interessado no caso.

- Descubram tudo sobre ela. Endereço, Hobbies, se é casada, solteira, onde vivem seus familiares, rotina na polícia e se está agindo sozinha. Quero essa mulher o quanto antes nas minhas mãos.

- E depois? - Dan teme minha resposta.

Apenas faço um gesto com a mão indicando que lhe cortem o pescoço.

- Caralho Jack, você nunca nos pediu uma coisa dessas, sempre fez questão de matar pessoalmente os teus inimigos! - o loiro na minha frente está boquiaberto.

Damaging Bullet HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora