Dan sai do local e me deixa à sós com Monik, respeitando o momento dela. Estou ainda sem dizer uma palavra sequer, sem conseguir acreditar que seu pai teve coragem de fazer isso. Alimento meu ódio mortal por esse monstro, bandido, nojento e desejo com todas as forças do meu ser que quando ele cair nas minhas mãos, ele sofra bastante. Eu farei isso por Monik, por sua mãe e por meu pai. Ele merece o pior fim de todos.
A minha musa demostra força e sai dos meus braços para olhar para mim. Não está chorando e sinceramente, acho que ela nem tem mais lágrimas para chorar essa merda que deve estar empreguinada no seu corpo por todos esses anos junto com a dor de tudo isso que ela viveu. Claro que dá para imaginar, mas deve ser algo muito maior do que possamos ser capazes de ver ou pensar. A única vantagem que ela tem ao seu favor é a sua força, sua garra, sua sede de vingança. Eu amo essa mulher também por causa disso. Essa fibra dela que me faz ver o quanto ela é cheia de vontade, e vê-la lutar por algo que ela acredita assim, com a cabeça erguida, me deixa orgulhoso.
— Eu te admiro muito. Você é uma mulher muito forte. Nada que eu vi jamais será igual ao tamanho da sua fibra e do seu caráter. Você é maravilhosa e eu sei que igual a você, não há. Você é, se dúvidas, a mulher da minha vida.
Ela me abraça tocada com as minhas palavras. Retribuo o abraço com carinho.
— Ah, Jack... se alguém me contasse o quanto você é romântico, eu não acreditaria.
— Nem eu.
Isso a faz rir. Acompanho sua risada e ela sai dos meus braços de novo para me encarar.
— Você também é o homem da minha vida, Jack.
— Era tudo o que eu queria ouvir.
Olhamos para a direção da voz. É a garota em que Monik atirou. Pensei que com o tiro, ela tivesse morrido. Não sei se por sensibilidade ou remorso, minha musa sai dos meus braços de vez e vai até a garota. Se abaixa e verifica o estrago que fez na moça que está agonizando.
— Acho que você sobrevive, como na operação em São Francisco.
— Agente Stivens, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar e honestamente falando, acho que já durei muito. Não preciso mais viver. Minha carreira acabou.
— Você sabia que eu poderia fazer isso com você, não é?
— Sim, mas preferia que você me desse apenas o tiro. Eu não queria perder meu distintivo. Eu fui coagida, Monik. Eu fui obrigada pelo seu noivo, meu amante a fazer isso e agora eu entendi o real motivo.
— Qual? - eu que pergunto.
— Se George e Bill conseguissem derrubar o inspetor Rogers, derrubariam Monik. Eles querem matá-la, pois sabem que ela está prestes à entregar a cabeça dos dois à você. De modo que você, Monik é quem mais corre riscos. E vai piorar, porque vocês se apaixonaram. Monik, você se meteu numa encrenca sem volta.
— Eu sei disso, Thompson.
— Me desculpe. Assim como você, me apaixonei pelas promessas sem fundamento daquele panaca. Eu sei que as minhas maiores perdas foram meu distintivo e sua amizade. Nós éramos como irmãs, você se lembra?
— Lembro sim. - Monik dá um sorriso torto.
— Por favor, procure lembrar de mim como a velha amiga. Esqueça essa Catherine que você viu aqui hoje. Ela era a sombra ruim de uma pessoa que você conheceu de verdade. Por favor, pense em nossa amizade.
— Eu vou procurar lembrar disso, Cathy. - ela diz de um modo doce, que só ela consegue dizer.
— Obrigada. - Catherine sussurra e sorri de forma branda, com o sangue escorrendo pela boca.
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Damaging Bullet Hearts
RomanceJack Carter é um garoto de programa que se envolveu com o tráfico de drogas. Sua reputação na situada área do crime é tão grande que ele torna-se o traficante mais procurado da Califórnia, (EUA). Filho de um também traficante, morto num confronto c...