Velhas Companhias

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Monik se arruma para ir embora, e sinceramente, gostaria de poder fazer com que boicotasse essa merda de trabalho e ficar aqui comigo, mas é arriscado tanto para ela, como para mim.

Encaro a figura da beldade aqui na minha frente, prendendo o cabelo num rabo de cavalo e pensando nesses cachos se enroscando nos meus dedos enquanto os puxava e a possuía.

A mulher mais bela que já vi em toda minha vida. Ela é sensacional, boa, interessante, cativante... Shih, isso é conversa de homem apaixonado. Mas o que eu posso fazer, se é isso o que estou sentindo por ela? Ninguém na vida jamais chegou tão perto de mim como ela fez.

O que essas Stivens têm?

Primeiro meu pai, agora eu. Eu preciso manter o meu foco, ser o homem que eu sempre fui. Mas isso é difícil quando estou perto dela. Bom, eu darei meu jeito.

Quando ela está pronta, me levanto da cama quando ela sai do quarto sem sequer olhar para mim. Vou atrás dela e estranho não estar indo em direção da porta.

- A saída é para lá. - digo confuso.

- A sua saída, não a minha. Vou sair por onde entrei.

- Onde?

Ela não me responde e segue apenas para a direção do porão. Chegando lá, ela abre uma porta camuflada na parede. O quê?

- Como você...?

- Tenho a planta da sua casa, Jack. Conheço isso aqui melhor que você.

Eu que o diga!

Antes que saia, a puxo e lhe dou um beijo caloroso, cheio de expectativa. A única maneira de garantir que a verei novamente é...

- Temos um acordo.

Topando sua proposta.

Ela sorri e acaricia meus lábios.

- Ótimo. - sussurra.

E assim, ela se vai.

Essa garota... ela é demais!

Com um sorriso idiota, vou para o meu escritório e começo a trabalhar, quando o telefone toca.

- Jack, creio que Dan já o deixou a par de tudo.

- Hoje pela manhã, Andrew.

- E como vai ser?

- Você tem todo o controle do esquema?

- Tá no papo, só preciso esperar a mercadoria chegar.

- E como vai ser?

- O cara vai trazer pelo ar, no meio de uma carga falsa de tecidos.

- E quem vai arcar com essa despesa?

- Eu mesmo, Jack. Claro que com uns amigos meus. Vou dividir minha parte com eles.

Suspiro. Fico girando na minha cadeira. Não estou botando fé nisso. Mas como não quero me irritar logo de manhã, mudo de assunto:

- E Patrick?

- Vou te mandar um email com o paradeiro dele. Acredito que você mesmo queira acabar com esse traidor.

- Pode ter certeza, Andrew. Ele se esqueceu de que é minha cria... quer passar a perna em quem o criou. Vai morrer.

Ele fica por alguns instantes calado, mas depois recupera a fala:

- Vou lhe mandar o email agora mesmo.

- Ótimo. O quanto antes me livrar desse problema, mais rápido eu vou conseguir resolver outra pendência minha.

Damaging Bullet HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora