Cap. 7

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Todo encantamento se quebrou ao ouvir essas palavras, Victória saiu do transe em que estava. Não se permitiria sair machucada outra vez, no passado sempre caia na lábia dele, sempre entregava seu coração e saia perdendo. Porque ela nunca foi nada para ele, sempre teve a mãe que nunca o deixou livre para seguir seus próprios passos. Bernarda sempre foi uma mãe controladora que não deixou os filhos livres para tomarem suas próprias decisões, Heriberto e João Paulo, que tinha se tornado padre para fazer a vontade da mãe e Heriberto que sempre se rebelou um pouco a contrariou e se tornou médico, casou com uma moça pobre que não era aprovada por Bernarda que no final conseguiu separá-los. Heriberto ganhou uma bolsa de estudos fora do país, era o maior sonho dele fazer pesquisas, ele aceitou sem consultar sua esposa que estava grávida e a partir daí o casamento fracassou. Victória não aceitou e pediu o divórcio que durou quatro anos a ter a sentença decretada pelo juiz, Heriberto se recusava a assinar e foi litigioso. Nesses quatro anos entre indas e vindas, ela não resistia ao charme dele e sempre caia na lábia do homem mais charmoso que ela teve o desprazer de conhecer na sua vida.
Victória levantou das pernas dele ficando de costas para ele, ela respirava fundo tentando acalmar os batimentos acelerados do seu coração. Ser feliz ao lado do homem que sempre amou era o maior sonho de toda mulher, mas não o dela, que não confiava no amor que ele dizia sentir por ela e que sempre a abandou para ir atrás de suas pesquisas.
Ela arrumou seus seios que estavam amostra e fechou a blusa.

Heriberto levantou e foi até ela a abraçando pelas costas.

Heriberto: fale comigo meu amor, me diga alguma coisa... vamos tentar, diz que ainda sente por mim o mesmo amor que sinto por você.

Victória se afastou bruscamente.

Victória: Você não me ama e nunca me amou... sempre que meu coração está recuperado você volta com a finalidade de destruí-lo outra vez, mas vou logo avisando, dessa vez não, dessa vez você não vai ter a chance de arrasar com a minha alma- ela falou séria.

Heriberto: quem te escutar falando assim pensa que só você sofreu, que tudo que passamos juntos foi ruim e que não teve nenhum momento bom.

Victória: teve sim, eu assumo, foi bom enquanto durou, mas acabou. Não vamos voltar mai.- ela falou tentando demostrar convicção.

Heriberto: não acabou... a noite de amor que passamos ontem foi a prova que você mente, que você ainda me ama e que ainda há esperança para o nosso amor.

Victória olhou para baixo e torceu a boca.

Victória: ontem aconteceu porque eu não estava em posse das minhas faculdades mentais, estava completamente bêbada e você se aproveitou desse fato- ela apontou o dedo acusando ele.

Heriberto: eu já te disse...

Ela o interrompeu.

Victória: sim, eu já sei... blá blá blá blá, de acordo com o que você fala, por que eu não me lembro de nada. Você pode muito bem ter me forçado... Por que se eu estivesse sóbria com certeza eu teria me negado.

Ele sorriu e passou a mão no rosto.

Heriberto: eu imagino, você sempre reluta muito em se entregar para mim... a poucos minutos eu estava doidinho sugando meus melões deliciosos.

Victória ficou vermelha de vergonha, e abandonou a sua postura de mulher decididas a não sofrer mais. Nesse meio tempo Heriberto se aproximou dela e a segurou pela cintura, seu corpo bateu no dela e Victória só pensava em beija-lo, só queria ser amada por ele.

Heriberto: você bebeu hoje Victória?- ele passou os lábios nos dela dando pequenas mordidas e sua boca brincava com a dela, era só um roçar, ele queria provocá-la e deixá-la fora de se de desejo.

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