Cap. 44

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Penúltimo...

Bernarda sorriu para ela e saiu triunfante agora sim tinha conseguido abalar a estrutura do casal apaixonado.

Lorena: então é verdade o que ela falou, ela é minha avó- olhava para Heriberto- você é meu pai- ela não perguntava mais, já estava afirmando.

Heriberto: sim minha filha... Eu sou seu pai- sabia que tudo ia ficar muito difícil.

Lorena: só para mim entender... porque de tudo isso mamãe? Sempre amou ele, sempre quis ele, por que mentiu? Por que deixou que outro me criasse?

Victoria já chorava muito.

Victoria: porque fui fraca minha filha, me deixei levar pela dor e pelo sofrimento, me deixei influenciar... não sei, não estou colocando a culpa apenas nele mais me deixei influenciar pelas palavras de Osvaldo, pelas promessa de que não me deixaria criar você sozinha, que amaria você e seu irmão como se fossem filhos dele... por medo de me ver só outra vez com uma criança pequena... sua avó... Bernarda vivia me infernizando dizendo que seu pai só queria me usar, que eu nunca seria prioridade na vida dele- ela baixou a cabeça triste.

Lorena suspirou.

Lorena: e você? Nunca nos amou a ponto de lutar por nós, por esse amor?

Heriberto: era jovem Lorena, inconsequente não medi as ações e meus atos, acabei achando que o amor que sua mãe sentia por mim a faria esperar meu regresso sempre... eu estava errado, a dor e a solidão que ela sentiu ao ficar sem mim a fizeram se jogar nos braços de Osvaldo... tudo foi minha culpa...- ele falou triste de cabeça baixa.

Lorena: e não foi o suficiente? Digo por mais que ela tenha casado com outro... ela nunca deixou de te amar, eu sempre ouvi as brigas dos dois e... bom uma parte de mim lhe odiou... eu odiei meu próprio pai... porque achei que por sua culpa minha família estava desmoronando...

Heriberto: minha filha- tinha os olhos rasos de lágrimas.

Lorena: me deixa terminar- ela não parava de olhar para os dois- eu já desconfiava, meu pai... digo Osvaldo deixou isso no ar e eu suspeitei, bom... ele também me abandonou... ele... sempre me falava tão mal de você sempre me colocou contra, acho que no íntimo eu já esperava por isso, principalmente depois da noite passada, acho que para ele só fui um meio para prender a minha mãe ao seu lado... quando eu fiquei do lado dela na noite passada ele... não tinha mais meu apoio e desistiu de mim, eu liguei para ele a poucos minutos... ele me mandou procurar meu pai... e disse que tinha coisas melhores a fazer... que ia viajar e seguir uma carreira internacional como sempre quis- ela falou triste- quando o vi pela primeira vez...- ela olhava Heriberto- senti tantas coisa...meu peito se encheu de amor... um amor puro e verdadeiro... quando eu suspeitei da minha doença eu só pensei em buscá-lo... acho que meu coração já te chamava- ela sorriu fraco.

Heriberto: então você me perdoa minha filha?- ele já chorava copiosamente.

Lorena: aprendi muito com essa doença, a vida é curta de mais para se prender a coisa pequenas e sentimentos negativos e eu sempre quis ser filha do grande amor da minha mãe... então...- ela sorriu dando de ombros- só não nos deixe mais... nunca mais.

Heriberto abraçou a filha com muito carinho e todo o amor que tinha guardado em seu peito.

Heriberto: você não sabe o quanto eu sonhei em ser seu pai, desde que soube que sua mãe estava grávida ansiei por essa felicidade... quando te vi pela primeira vez meu coração parou no tempo e eu só senti um amor enorme, mais se não fosse minha filha de sangue eu teria lhe amado do mesmo jeito simplesmente pelo fato de você ser filha da mulher que sempre tenho amado.

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