Tudo por mim

Parte 13

Tudo por mim
Parte 13
A semana a rotina foi a mesma pegava trabalho em um dia e entregava no outro, combinei com o Marcos de pegar 300 peças por dia, assim ele me pagaria na sexta o valor de 240,00, assim evitava de eu gastar e eu via o resultado mais rápido.
O Adriano me deu um celular, falava com a minha mãe todos os dias agora via WhatsApp, mandava fotos dos meninos, e via ela através de chamadas por vídeo.
Ela se espantou com a minha magreza, e eu tive que mentir que era a correria e que estava tudo bem Naquela semana o Adriano não me bateu, estava chegando em casa cada dia mais tarde e menos bêbado. Não me envia o saco, não queira sexo, só reclamava de tudo sempre. Da casa, das roupas, das crianças. Na sexta quando fui entregar o trabalho o Marcos me chamou pra pagar, mais uma vez elogiou o meu trabalho, e perguntou mais uma vez se eu não queria trabalhar na própria fábrica.
- Já disse que eu não posso.
- Não custa insistir né?
Eu já tinha um montante de 300,00 o suficiente pra pagar as minhas passagens e dos meninos pra ir embora pra casa da minha mãe, mas eu queria juntar mais, chegar lá pelo menos com uma quantidade de dinheiro suficiente pra eu sair pra procurar um trabalho, e comprar algumas coisas pra mim e prós meninos, se eu produzir assim por 2 meses. Ajuntaria quase 2 mil reais e aí adeus Adriano.
Com certeza ele iria me procurar, mas eu não voltaria por nada nessa vida. Eu tinha certeza de que ele estava com outra mulher, por isso chegava tarde e pouco bêbado. No fundo eu até agradecia porque ele pelo menos não me batia.
Minha mãe apareceu de surpresa no sábado. Acho que ela realmente percebeu algo errado, vieram ela meu pai é um dos meus irmãos. Era notória a cara de insatisfação do Adriano. E saiu disse que iria resolver algumas coisas do carro
- Filha, o que tá acontecendo com vc?
- Nada mãe tá tudo bem
- Luciana não mente pra mim, eu sou a sua mãe, vc tá doente? Olha como tá magra.
- Mãe os meninos tomam todo meu tempo, as vezes quando lembro de comer já é tarde.
- Luciana o Adriano tá estranho, o que tá acontecendo
Menti e neguei tudo pra minha mãe. Eles ficaram o fim de semana lá em casa, foram ao mercado e compraram tudo o que consumiram, e ainda muito mais, biscoitos, danones, chocolates, trouxeram brinquedos e roupas prós meninos, e minha mãe me deu um par de sapatos uma calça e uma blusinha bem bonita. Quando estava indo embora no domingo me deu 100,00
- Compra alguma coisa pra você, minha filha. E se precisar de alguma coisa me fala.
O Adriano só se despediu
E quando ela se foi eu chorei. Chorei de saudades e medo.
- Tá felizinha né , ficou na asa da sua mãe, nas minhas custas
- Tudo o que eles consumitam eles compraram.
- E não tomaram banho? E o gás? E a água? Luz? Minha comodidade...
Ele era disprezivel
- Cadê o dinheiro que eu vi ela te dando, pode me dar pra eu poder pagar as contas que com certeza vão vir mais altas
- Ela deu o dinheiro pra mim, pra eu comprar coisas pra mim.
- Me da, vc não precisa de nada, e nem os meninos desses lixos que eles trouxeram - pegou os brinquedos que os meninos ganharam e quebrou fazendo os meninos chorar... Jogou os sapatos e rasgou as roupas que a minha mãe me deu, quando vi meus filhos chorando por conta dos brinquedos eu quis intervi... Em vão, tomei um murro na cara que cai no chão... Começaram as sessões de socos tapas e ofensas, tudo o que ele não me bateu aquela semana ele decidiu descontar aquele dia.