O Irmão do Meu Melhor Amigo - O Capítulo Final

22° Capítulo

Se passou duas semanas, duas longas semanas e nada de Sarah. Paulo ainda está me vigiando e sempre quando eu o vejo pergunto de Sarah, sei que ele mente sempre já que diz que ela está no hospital, mas alguma coisa não está cheirando bem.

As meninas estão aprendendo a atirar assim como os rapazes, Gui não sai do meu pé e nem quando eu tento arrumar um emprego.

Até parece que irei fazer alguma coisa, até para o trabalho dele quer me levar.

A faculdade continua na mesma, cansativa como sempre e estou cheia de trabalhos. As meninas aprendem rápido e Rick ensina sempre depois das aulas.

-Acha que ela está planejando alguma coisa? -Pergunto deitada no peito de Gui enquanto estamos no sofá.

-Não sei, estranhei quando não mandou nenhuma mensagem ameaçando.

-Ela deve estar aprontando alguma... E se ela estiver aprendendo a atirar? -Eu o olho e o mesmo abre os olhos para me olhar.

-É possível, vocês travaram uma guerra e não entendo porque de continuarem com isso.

-É óbvio, ela é louca. Sempre foi apaixonada por Matheus e mesmo quando éramos melhores amigas nunca me contou nada, então eu comecei a namorar com ele a deixando de lado.

-E porque fez isso? -Suspiro e beijo seu peito exposto.

-Não sei, eu errei e sei disso, mas é que Matheus foi o meu primeiro namorado. Eu era uma criança, descobrindo o amor e então simplesmente me deixei levar. Tirando o fato que Matheus não deixava eu conversar com mais ninguém.

-Que otário. -Diz e eu aceno me levantando. -Onde vai? -Eu o olho.

-Tomar um banho, tenho que fazer o almoço. -Digo pegando as roupas do chão.

-Vou pedir alguma coisa para comer. -Diz e eu mostro jóia indo nua para o banheiro.

Depois de um banho quente, coloco minha calcinha e uma camiseta preta de alcinha, vou para sala dando um selinho em Gui enquanto segue para o banheiro, a comida deve chegar em pouco tempo, assim que pego o refrigerante e os copos a campainha toca, coloco na mesa de centro e sigo para a porta com a carteira de Gui em mãos.

-Quanto ficou? -Pergunto não me incomodando com o olhar do cara.

-Quinze... -Diz e eu lhe entrego uma nota de vinte. -Senhora, o carro é seu?

-Senhora? -Eu o olho e ele desvia o olhar. -Sim o carro é meu.

-E quando vai levar para arrumar? Acho que era lindo. -Diz e eu ergo uma sobrancelha.

-Como assim para arrumar? -Ele sai da frente me deixando ver o carro, ele está destruído. -Que desgraçada! Fica com o troco.

Falo e vou para onde o carro está, os pneus estão cortados e ele está sujo com tinta banca, os vidros estão quebrados e o capô, porta malas com as portas estão amassadas, chuto o pneu.

-Mary? O que... -Ele olha para o carro. -Foi ela?

-Quem você acha que foi? Que merda! Porque justo o meu carro?

-Vou ligar para a polícia. -Pega o celular e disca o número, olho em volta vendo um fio de cabelo loiro. -Estão vindo, precisa trocar de roupa.

-Sério? -Ele revira os olhos enquanto segura as sacolas, a polícia logo chega e vejo Paulo descer do carro.

-Sabe quem foi? -Ergo uma sobrancelha. -Ok, principal suspeita é Sarah. -Diz para um cara que não tira os olhos de mim, cruzo os braços. -Encostou no carro?

-Não, mas achei isso. -Aponto para o fio preso na janela.

-Iremos investigar. -Diz e eu o olho.

-Onde ela está? -Ele me encara e depois olha para Gui.

-Não sabemos, a perdemos ontem. Simplesmente sumiu. -Diz e eu suspiro.

-Vou para dentro. -Informo e sigo para dentro de casa. Vou direto para o notebook.

-O que está fazendo? -Gui entra e se senta ao meu lado. -O guincho já levou o carro, eles vão arrumar e sábado estará pronto.

-Tudo bem, estou procurando por Sarah. -Respondo a pergunta.

-E como vai fazer isso? -Eu pego o telefone e disco um número.

-Você vai ver. -Logo uma mulher atende. -Oi, queria pedir para ligar o rastreador do meu chip, meu cachorro pegou meu celular e o escondeu pela fazenda.

-Só um minuto. Qual é o número? -Falo o número de Sarah e logo desligo a chamada, no notebook uma bolinha vermelha pisca.

-Está em... Boston? -Pergunto e o olho. -O que ela foi fazer lá?

-Não sei, mas coisa boa não deve ser. -Gui me olha e suspira. -Vamos ficar atentos a qualquer coisa, Paulo ainda vai ficar te vigiando então não faça besteiras.

-Não faço besteiras. -Reclamo e ele me beija. -Vamos nos preparar para o pior, quando ela some desse jeito é porque tem coisa grande vindo por aí.

***

Um mês, exato um mês que nada acontece. Paulo parou de me vigiar e disse que desistiram novamente do caso de Matheus, já Sarah... Não apareceu mais, me mandou uma mensagem com um endereço e uma data, disse que estará me esperando para resolvermos tudo de uma vez.

Meu pai, sumiu novamente. Deve estar no pé dela e me traindo, minha mãe está em Londres, bem longe de tudo e de todos.

Gui está preparando as malas enquanto eu estou limpando as armas, sim eu tenho armas. Não são muitas, mas consegui algumas.

-Tudo pronto, o carro está arrumado. -Dani entra no quarto.

-Se arrumem, iremos sair em alguns minutos. -Falo e ela sai do quarto. -Ela não parece mais... Concentrada?

-Tudo que está acontecendo anda mexendo com todos, ela está seria assim como as outras. -Gui diz enquanto coloca a camiseta.

-Tomara que tudo corra bem, temos que acabar de vez com tudo isso. -Falo e vou em direção ao guarda roupa pegando uma jaqueta, Boston é fria nessa época do ano.

-Vamos torcer para isso. -Sorri e beija minha testa.

Esperamos no quarto de hotel por notícias, Sarah mandou mensagem dizendo que quando for a hora certa irá me ligar, estamos todos no quarto e eu me debruço no parapeito da sacada, Gui me abraça por trás.

Logo o telefone toca e todos nos reunimos no centro do quarto, atendo a ligação.

-A hora é agora, se prepare para a guerra! -Diz e desliga, estou preparada para esse dia a muito tempo.

Guerra? OMG