CAPÍTULO 5-LANA

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_Entre._disse Isaura, mãe de Fátima, com má vontade por já saber quem era.

Lana abriu a porta e cumprimentou a mulher que respondeu com má vontade.

A garota, 22 anos,  era loirinha, baixinha e magrinha e trazia os cabelos curtos presos num rabo. Usava camiseta verde e shorts jeans curtos. O rosto era desafiador. 

Não era segredo pra sua melhor amiga que a garota não gostava dos pais de Fátima, pois achava que eles exploravam a amiga demais. Já Samuel, irmão caçula de Fátima, Lana adorava.

_Quer?_disse estendendo um picolé de chocolate para o garoto.

Samuel deu um pulo e agarrou o picolé naquela tarde quente, mas, antes, obedeceu a ordem da melhor amiga de sua irmã que indicou a bochecha esquerda exigindo o seu beijo.

_Onde está a Fatinha?_perguntou Lana.

_Tomando banho. Hoje é sábado e acho que ela e o Marcos vão sair.

Lana foi em direção ao banheiro, evitando olhar para a senhora obesa que se esparramava pelo sofá com cara de poucos amigos. Sabia que Isaura também não gostava dela. 

A loura abriu a porta devagar e entrou, torcendo para que a amiga não a visse chegar.

Localizou o seu alvo (a calcinha usada de Fátima) e escondeu rapidamente no bolso da bermuda com um sorriso travesso no rosto. Antes, porém, a cheirou fechando os olhos com prazer.

Lana ficou admirando a amiga gordinha enxaguar os cabelos com os olhos fechados.

A melhor amiga de Fátima achava o corpo dela delicioso: moreno, curvas bem arredondadas, pernas grossas, uma barriguinha que a garota achava horrível, mas que Lana dizia que não era pra ela dar importância, que a mulher tem que ter um pouco de barriga pra segurar a bunda, ria.

Fátima tomou um susto quando abriu os olhos e se deparou com a garota a observando.

_Lana, já disse pra não fazer isso! Entrar furtivamente e ficar me olhando deste jeito...já disse que não somos namoradas!_irritou-se fechando torneira e enrolando-se numa toalha surrada azul.

_Fale por você, gostosa..._riu Lana cheirando a calcinha da amiga mais uma vez.

_Iolanda Emanuele Neves! Me devolva esta calcinha e pare de me chamar de gostosa! Você já me roubou duas calcinhas mês passado!_Fátima apelou séria.

_Ok, ok, ok...tome. Eu paro, mas, pelo amor de Deus não me chame de Iolanda!

Fátima pegou a calcinha e devolveu ao cesto de roupas sujas.

Percebeu que a outra a olhava ainda.

_Quer se virar de costas, por favor?_disse envergonhada.

_Não, por favor...deixa eu olhar...prometo ficar quietinha aqui, linda!

Fátima fez sinal para que ela se virasse e a garota obedeceu com um muxoxo.

_Não é novidade que eu te acho gostosa e sobre a calcinha, não sei por que reclama se pra cada uma que eu pego, eu lhe dou duas no lugar.

_Imagine o Marcos sabendo disso...minha mãe então...te colocaria pra fora a pontapés.

Vestiu-se rapidamente, mesmo com a dificuldade do corpo estar úmido, mas queria esconder a sua nudez daquela garota tão invasiva.

_E aí? Gostou do shampoo que eu te dei?_Lana perguntou animada.

_Gostei do shampoo, dos cremes, das calcinhas e dos absorventes e mais absorventes..._Fátima revirou os olhos secando os cabelos com a toalha.

NOVOS RUMOS-Armando Scoth Lee-romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora