CAPÍTULO 31-ALESSANDRA E ALBA SOFREM UM ACIDENTE GRAVE!

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Naquele dia, Alessandra havia decidido ficar no quarto até mais tarde, pois não tivera uma boa noite de sono.

Assustou-se quando Alba veio bater em sua porta.

_Bom dia, querida, eu sei que você ainda não desceu, mas eu preciso tanto que alguém me leve pra buscar uma encomenda no mercado e está todo mundo ocupado. São menos de quatro quarteirões e vai ser rapidinho. Você faria isso por mim? Sabe que eu não te pediria, se não fosse urgente.

Alessandra viu a aflição da irmã e aceitou ajudá-la.

Tomou o seu café sem olhar para Cláudia, que já estava atarefada na cozinha ajudando os outros funcionários.

Sentiu falta das roupas de Élida na garota.

_Vamos rapidinho porque eu quero ficar de olho na carne que está assando, porque outro dia, um freguês disse que ela estava muito seca._disse Alba.

Estava chovendo e o asfalto estava escorregadio.

As duas irmãs já retornavam para casa,  quando  um caminhão perdeu o controle atrás delas, vindo colidir com o carro da médica violentamente.

O último pensamento de Alba foi que precisava lembrar-se de colocar um pouco de manjericão na carne que estava assando. Já Alessandra, teve, como último pensamento, a triste realidade de que dali a dois dias seria o aniversário de Élida.

No hospital, o irmão, apavorado,  veio logo visitá-las.

_Olá, maninha._disse Henrique sorrindo com o rosto cansado aproximando-se da cama de Alessandra.

_O que aconteceu? Onde estou?_a psicóloga perguntou confusa.

Henrique tentou falar calmamente, para não assustá-la:

_Vocês sofreram um acidente, querida. Um caminhão desgovernado imprensou o seu carro e aí você e a Alba se machucaram um pouco. Mas agora, graças a Deus as duas estão fora de perigo.

_Meu Deus...agora me lembro. Pude sentir o baque do carro sendo arremessado de encontro a outro. Alguém gritou...não sei se eu ou a Alba e depois eu não vi mais nada.

Henrique afagou carinhosamente o rosto da irmã imaginando como ela ficaria triste quando visse os hematomas provocados pela batida em seu lindo rosto.

Alessandra tentou mexer-se, mas não conseguiu.

_O que aconteceu comigo, Henrique?_perguntou em pânico.

_Você fraturou a perna direita e também o pulso esquerdo, mas o médico disse que não foi nada grave e logo você ficará bem.

_Droga!_a médica não escondeu a decepção._E a Alba? O que aconteceu com ela?

Henrique ficou em silêncio, deixando o espaço para a irmã pensar o pior.

_Henrique, por favor...como está a Alba?_perguntou aflita.

O irmão suspirou, pois sabia que em algum momento teria que contar aquilo.

_Ela teve uma hemorragia e perdeu o baço, Alessandra. Terá que ficar internada por algum tempo, até se recuperar. O médico falou que o pior já passou.

Alessandra deixou as lágrimas escorrerem silenciosamente, enquanto o seu irmão tentava consolá-la.

_Ninguém teve culpa, meu anjo. O asfalto estava escorregadio e aí o motorista perdeu o controle do veículo. Não estava bêbado, toda a documentação em dia, realmente, foi um acidente.

_Meu Deus...como é que pode...menos de dez minutos lá de casa e acontece isso...

Henrique deixou que ela desabafasse e chorasse um pouco, pois, realmente, não havia nada que ele pudesse falar que diminuísse o impacto daquele acontecimento.

NOVOS RUMOS-Armando Scoth Lee-romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora