Capítulo 21

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Histórias...

Eu termino de tomar meu banho, me enxugo e coloco minha roupa.

Começo a abrir a porta do banheiro.

- Não!! Espera... - Fecho a porta rapidamente e sinto meu rosto esquentar.

(Foi quase...)

- Pode abrir!

Abro a porta e Futaba estava sentada de pernas cruzadas na cama.

- Esta melhor? - Me sento na cama e abraço Futaba.

Ela assente.

Solto Futaba e deito na cama, Futaba faz o mesmo e abraça meu abdômen.

- Ainda doi?

Ela assente.

Suspiro.

Eu afundo meu nariz em seus cabelos e coloco meus braços a sua volta.

Nos ficamos em silêncio, nada era dito por nenhum de nós.

Respiro fundo.

(É agora...)

- Quando eu era pequeno... - Futaba sai rapidamente do abraço e se vira para olhar em meu rosto - Eu vivia com meus tios e meus dois irmãos aqui no Japão, eu era o irmão do meio.

Seus olhos verdes me observavam com anseio.

- Meu irmão mais velho Edmundo, cuidava de mim e de minha irmã mais nova Luci, nossos tios não gostavam muito de nós - Olho para o teto do quarto - Sempre que podiam eles nos batiam.

Futaba começa a acariciar minha cabeça.

- Meu irmão mais velho cresceu e foi morar no campus da faculdade, ele deixou eu e minha irmã a merce de nossos tios - suspiro - Não o culpo por isso... Nossos tios continuaram com as surras, mas eu sempre acabava defendendo minha irmã, afinal eu sou mais velho que ela não? Nossos tios se separaram... E eu e minha irmã ficamos apenas com nosso tio Phil, ele era terrível...

Sinto um arrepio com as lembranças.

- Ele fez eu trabalhar quando tinha onze anos, eu tinha que ficar nas ruas até as nove da noite, ele gastava todo o dinheiro do meu trabalho em bebidas - fecho meus olhos - E todas as noites ele ficava bêbado, todas as noites eu pedia para minha irmã trancar a porta de nosso quarto.

Futaba acaricia meu rosto.

- E foi assim até eu fazer quatorze anos... E em uma noite, ele avia começado a beber mais cedo... Minha irmã tinha ficado sozinha em casa pois eu estava trabalhando - Meus olhos estavam marejados - Eu cheguei em casa e meu tio estava perseguindo ela como um lobo atrás da ovelha.

Respiro.

- Ele estava com uma faca em sua mão e Luci tinha um corte em seu abdômen, a primeira coisa que fiz foi dar um soco em meu tio, ele revidou com a faca na mão e fez um corte em meu rosto, eu cai no chão com as mãos na boca e na mesma hora meu tio se virou para dar mais um golpe em minha irmã.

Futaba me olha apreensiva.

- Eu corro e viro minhas costas para a faca, eu sentia uma dor terrível! Mas a adrenalina já fazia com que eu não a percebesse, eu me virei novamente para meu tio e chutei seu rosto, ele caiu no chão e eu peguei a faca de suas mãos... Meu sangue estava fervendo! Eu podia sentir o ódio em minhas veias, eu queria que ele pagasse por tudo que ele fez!! - Eu fecho os olhos - E quando ele se levantou para me atacar... Eu... Eu atingi seu estômago com a faca.

Cubro meu rosto com as mãos.

- Eu matei ele... E liguei para a polícia... Dois segundos depois cai no chão desmaiado... No outra dia eu acordei em um hospital com minha irmã na maca ao lado, eu e ela iriamos para o orfanato mais próximo - Suspiro - Eu vivi nesse orfanato durante anos e mesmo que minha irmã tenha sido feliz lá... Eu só conseguia pensar que eu avia matado uma pessoa, eu me olhava no espelho e via minha cicatriz, via aquela cena novamente... Eu me culpava por ter tirado uma vida... Eu me culpo ainda...

O quarto fica em silêncio depois de minhas palavras.

- Eu sou um assassino...

- Não diga isso!!

Sinto as lágrimas finalmente virem ao meu rosto.

- Você não é um assassino... É um herói!! Se não estivesse lá! Sua irmã teria morrido!

- Eu sei... Mas eu não consigo não me culpar...

Futaba respira fundo e me abraça, ela coloca a cabeça em meu peito.

- Obrigada por me contar...

Abraço seu pequeno corpo.

- Mas como você ficou com aquele olho roxo?!

(Sabia que ela iria perguntar!!)

- Fui visitar meu irmão, ele não esta indo bem na vida...

Ela suspira.

- Então você é do Brooklin mas morou quase a vida inteira no Japão...

- É...

- E sua irmã?

- Mora aqui perto...

Me sento na cama e fico com Futaba em meu colo.

- Já te contei minha vida! Agora não vai mais ficar chateada comigo né?

Ela sorri.

- Claro que não vou!

Beijo sua bochecha e encaixo meu nariz em seu pescoço.

Ela suspiro.

Beijo o local e desso minhas mãos para sua coxa.

- Você estava louco pra isso né?

Beijo novamente seu pescoço.

- Sim - Sussurro em seu ouvido e logo depois mordo o lóbulo de sua orelha.

Ela solta um suspiro e eu subo minhas mãos por suas coxas ate chegar na poupa de sua bunda.

- Victor!

Solto uma risada anasalada.

(Eu quero te morder toda!!!)

Ela estava com uma bermuda minúscula (escolha minha) e usava uma camisa regata com alçás minúsculas (também escolha minha).

Faço uma trilha de beijos de seu pescoço até seu ombros, coloco a alçá para o lado e beijo o local.

- Victor...

Viro ela deixando nossos rostos colados, beijo seus lábios enquanto coloco minhas mãos por dentro de sua bermuda.
Nos paramos o beijo e Futaba estava vermelha de vergonha.

- Victor!

- O que foi? - Me faço de desentendido.

- Suas mãos!

- Essas? - Aperto suavemente sua bunda.

Ela suspira.

- Quer que eu as tire?

Acaricio as mesmas levemente e beijo seu pescoço.

- Não...



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