Capítulo 37

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Gomen...

Eu paro de andar na mesma hora, Victor se vira e olha para mim.
Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Eu estou corrompido...

Meus olhos transbordam em lágrimas.

- Por que? - Souto um soluço (tudo que acabou de acontecer se misturou com as palavras que Victor acabou de dizer) - Você não era feliz?

Meu peito arde ao dizer tais palavras.

- NÃO! - ele se aproxima por impulso mas logo se afasta - Eu tive que fazer isso... Ou eu teria que matar meu irmão.

Mordo os lábios aflita.

(Por que deus?!?!?!)

- E se você tomar banho na agua benta?

Ele nega.

- Eu preciso ficar feliz para a corrupção sair...

- Então você não é feliz mesmo...

- NÃO! Antes de te conhecer eu nunca havia sido feliz... Você que trouxe a felicidade pra mim.

Fecho os punhos e ando batendo os pés em direção a Victor, ele tenta se afastar mas eu seguro o mesmo.
Fico na ponta dos pés e seguro seu rosto, beijo Victor desesperadamente.

Me separo do beijo e cambaleio para trás.

Minha visão estava turva, eu olho para minhas mãos e vejo que as mesmas estavam no tom arroxeado de corrupção.

- Gomen'nasai...

Victor me olha assustado.

- Gomen'nasai...

Eu abaixo minha cabeça e caio  ajoelhada.

- Gomen'nasai...

Meus olhos se enchem de lágrimas.

Eu abaixo minha cabeça até a mesma estar no chão.

- Gomen'nasai...

(Por que doi  tanto!!?!?? Por que??!!)

Victor se aproxima de mim e abraça meu corpo.

(É essa a dor que Victor sente!?!?)

Eu gritava e as lágrimas caiam soltas.

- GOMEN'NASAI!!!!

(Eu sou tão fraca comparada a ele).

Ele me levanta e coloca minha cabeça em seu peito.

- Não tem o porque de se desculpar...

- Gomen... Eu devia ter te ajudado - Fungo - devia ter sido melhor... Você e tão forte... Tão melhor que eu... Mas sofre tanto...

Ele acaricia minha cabeça.

- Você também sofreu...

- Não como você...

Ele nega.

- Sua tristeza não é maior nem menor que a de ninguém.

Viro meu rosto para seu peito e suspiro chorosa.

- Você já gritou bem alto, mas ninguém ouviu?

(Essa pergunta estava em minha mente des da hora em que Victor apertou minha mão, parecia tão aflito... Como se já soubesse o que viria a frente).

- Você já achou que estava sozinho? Já sentiu que todos estavam contra você?

Ele assente.

- Mas isso não importá, todas as coisas ruins que aconteceram comigo foram lições e ensinamentos - Ele beija minha cabeça - Se eu não tivesse passado pelo que eu passei, eu nunca teria te conhecido.

Levanto minha cabeça.

- Minha baixinha chorona.

Sorrio, ele beija minha testa.

- Se sente melhor?

Assinto.

- Eu estou corrompida né?

Ele sorri e nega.

- Não, a corrupção já saiu...

Olho para uma de minhas mãos.
Ela estava normal.

Suspiro aliviada.

- Ainda bem...

Desvio meu olhar para o lado e vejo o pessoal do grupo nos olhando.

Todos estavam com lágrimas nos olhos e Henata até estava com uma pipoca na mão.

(Amo esses doidos).

Victor afasta suavemente minha cabeça e olha meu pescoço.

- Você lembra o rosto do cara?

Nego.

- Esta saindo sangue?

Ele assente.

- Devia ter te protegido.

Sorrio.

- Ei! Não esta doendo! - Beijo seu rosto.

Ele beija minha bochecha, minha testa, meu nariz, minhas pálpebras e por fim ele da um selinho em minha boca.

Sorrio e coro.

- Agora só falta as partes que ele tocou! - Victor sorri de lado.

Sinto meu rosto esquentar completamente.

- Seu bobo!

FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora