Improvável sentimento

Insana

Rize on💜

Carne...carne...carne...carne...

Minha mente está a mil assim como meu corpo,corro pelos becos escuros em grande velocidade ,como um predador eu cheiro o ar em busca de uma presa pra saciar um pouco dessa fome que corrói todo o meu ser. Apesar de saber que meu corpo ainda está fraco, sinto que poderia comer trinta humanos sozinha. Ah!Como eu senti falta disso, acho que ficar tanto tempo trancada me fez ficar um pouco mole e fragilizada, diferente de agora,a antiga Rize parece estar aos poucos tomando conta do controle,o que é gozado, levando em consideração que nunca fui nem um pouco controlada e sim, voraz,letal e  completamente insana. Salto em um telhado recomeçando a correr, inspiro novamente o ar e...

--Ah...Parece que encontrei uma presa...Estou indo te buscar preciosa refeição- rio triunfante aumentando a velocidade, só de imaginar minhas mandíbulas enterradas na doce e macia carne desse humano, rasgando cada pedacinho vorazmente enquanto a presa grita de dor enquanto eu a devoro viva.-Carne...carne..carne..carne...-paro no final do último telhado, a imagem lá em baixo me dá água na boca, sorrio em satisfação. Parece que dei sorte, será uma dupla refeição,um patético casal de jovens namoradas praticamente se comem no beco escuro,ele a prensando na parede e a beijando enquanto toca seu seio esquerdo desnudo,ela se contorce de prazer soltando baixos gemidos. Como senti saudades disso também, já perdi a conta de quantos casais igual a esse já matei,ter um relacionamento no Japão é bem complicado para a juventude, por causa da rigorosidade da tradição de manter uma boa família respeitável , os jovens namorados são limitados a manifestarem pouquíssimas trocas de afeto físico na frente dos pais. O que não quer dizer que tenha que ser da mesma forma  fora da vista deles. E assim eles sempre aparecem em becos como esse, achando que poderão matar um pouco de seu fogo juvenil e depois ir pra casa como se nada tivesse acontecido. Ingênuos,mal sabem que vão parar na minha barriga em poucos minutos. Fecho os olhos concentrando minha força num ponto específico pra poder ativar meu kagune. Nada,mas que droga! Estou tão fraca assim?Maldito Kaneki que não me alimentou,mas ele que me aguarde,vou comer ele com hashis.

Garota: -Reji...-geme o nome do rapaz,patético-acho melhor irmos, esta ficando tarde e...-outro gemido-meu pai não gosta que eu me atrase pro jantar-rio internamente, se você soubesse que nunca mais irá ver seu popai,e que em vez de ir jantar com sua família,irá se tornar a entrada do meu,afinal só estou começando, a noite é uma criança e tenho muito o que saborear por aí.

Garoto: -Esta bem,só alguns minutos e vamos-volta a beija-la.Tomo impulso pulando no chão, aterrissando com um baque que faz com que o casal de pombinhos se afastem rapidamente e virem pra mim.
 
--Tsc...tsc...tsc.Que pouca vergonha. -ando de um lado pro outro devagar com as mãos sobre as costas.

Garoto: -Quem é você?

-Por que sempre as mesmas perguntas?Quem é você...Como fez isso...Por que está fazendo isso...-vejo ambos se tornarem apreensivos.O cheiro de suas carnes me faz delirar, mudo a cor dos meus olhos, da até pra ver o sangue correndo em suas veias. A visão me deixa insana-Gele
ia...geléia...geléia...geléia

Garota: -V-Você...é uma...

--Ghoul?-digo sobriamente-Sou mais do que isso..Sou seu pior pesadelo...-com um sorriso diabólico eu avanço sobre os dois, estou a pouca distância de agarrar seus corpos frágeis. Mas sou empurrada com violência me fazendo atingir uma parede,olho pro meu agressor.

-Vai se arrepender disso Suzuya...-sua expressão é  neutra mas posso sentir a tensão sobre seus ombros, atrás dele está a garota de nome Hiname e o frango do Kaneki.

Juuzou:-Saiam daqui. Rápido -diz ao casal de namorados.

--Nada disso,eu ainda não comi eles-digo sarcástica,os mesmos saem correndo desesperados ao me ouvirem. Gargalho-Acho que terei que caça-los agora -me viro pra correr atrás dos pombinhos mas sou golpeada nas costas, não foi um grande ataque mas bastante doloroso, furiosa me viro pra Juuzou, em sua mão está um quinque em forma de foice, meio irregular na cor roxa.